O Globo / SIte
A Rússia informou na última terça-feira (24) que a vacina Sputnik V, desenvolvida no país pelo instituto Gamaleya, tem eficácia entre 94% e 95% contra a Covid-19. Na segunda-feira a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, ambas do Reino Unido, anunciaram que sua vacina candidata contra o coronavírus tem eficácia de 90%.
Outras três candidatas de destaque na "corrida das vacinas" são a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo; o imunizante pesquisadao pela americana Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech; e a da empresa de biotecnologia americana Moderna.
Abaixo, uma comparação da eficácia, custo, logística de distribuição, acordo com o Brasil (quando existente) e data prevista para vacinação se tudo correr conforme o planejado.
Eficácia (alguns dados são preliminares)
Oxford/Atrazeneca: 90%
Sputnik V: 94%-95%
CoronaVac: ainda não divulgado
Pfizer/BioNTech: 95%
Moderna: 94,5
Custo estimado por dose
Oxford/Atrazeneca: entre R$ 16 e R$ 22
Sputnik V: R$ 54
CoronaVac: R$ 56
Pfizer/BioNTech: R$ 106
Moderna: entre R$ 136 e R$ 201
Temperatura de conservação
Oxford/Atrazeneca: entre 2°C e 8°C
Sputnik V: entre 2ºC e 8°C
CoronaVac: entre 2°C e 8°C
Pfizer/BioNTech: -70°C
Moderna: entre 2°C e 8°C (-20°C para estoque)
Acordo no Brasil
Oxford/Atrazeneca: acordo fechado com o governo federal para compra e distribuição no país; Fiocruz deve produzir 130 milhões de doses
Sputnik V: laboratório União Química vai produzir a vacina russa no Brasil; e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou um acordo para conduzir testes clínicos de Fase III, bem como o governo da Bahia
Coronavac: governo de São Paulo tem o compromisso de adquirir 46 milhões de doses; o Instituto Butantan está adaptando uma planta para produzir a vacina
Pfizer/BioNTech: ainda sem acordo
Moderna: a vacina será oferecida via consórcio Covax, do qual o Brasil é integrante, mas é preciso uma negociação em separado para adquirir doses
Cenário mais otimista para início da aplicação no Brasil:
Oxford/Atrazeneca: janeiro de 2021
Sputnik V: primeiro semestre de 2021 (vacina já tem autorização emergencial na Rússia)
Coronavac: janeiro de 2021 (vacina já tem autorização emergencial na China)
Pfizer/BioNTech: sem previsão no Brasil (população de alto risco dos EUA recebe vacina em dezembro/2020)
Moderna: sem previsão no Brasil (primeiro trimestre de 2021 nos EUA)
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