Folha de S.Paulo, notícia também publicada no Valor Econômico / Site
01/03/21 - A FDA, agência reguladora de medicamentos e produtos alimentares dos Estados Unidos, aprovou no sábado (27) o registro da vacina contra a Covid-19 da Janssen, braço da Johnson & Johnson.
A farmacêutica havia dito que já teria 4 milhões de doses para entregar assim que obtivesse a autorização. De acordo com o New York Times, a Janssen prometeu fornecer 100 milhões de doses aos Estados Unidos até o final de junho.
Com isso, o país —que também já autorizou o uso em massa da vacina da Pfizer e a da Moderna, e deve receber 600 milhões de unidades delas até julho, segundo o jornal— terá mais doses do que o necessário para vacinar toda a sua população adulta.
Na quarta (24), a FDA havia divulgado uma análise de eficácia da vacina em dose única que mostrou que o imunizante tem eficiência global de 72%, seis pontos percentuais acima do indicado preliminarmente.
Em uma avaliação interina, divulgada no dia 29 de janeiro, a vacina produzida a partir de um adenovírus (vírus de resfriado comum) e chamada Ad26.CoV2.S — abreviação para adenovírus 26 Sars-CoV-2 proteína S—, havia apresentado eficácia global de 66%, mas com proteção de até 85% contra casos graves da doença. Esses dados se referiam aos voluntários avaliados nos EUA.
Um segundo estudo na América Latina havia apontado para uma eficácia também de 66% em impedir hospitalização, enquanto um subgrupo sul-africano teve uma pequena queda na eficácia, de 57%.
Agora, os dados de 45 mil voluntários foram reanalisados pelo FDA e apontaram para uma eficácia global de 72%, e 64% na África do Sul, onde uma nova variante mais contagiosa e com possibilidade de escape da respostaimunológicasurgiu e é dominante atualmente.
Na nova análise, a proteção contra casos graves da doença subiu para 86% nos EUA, enquanto na África do Sul essa mesma proteção foi de 82%, o que reduz em muito o risco de morte.
A vacina, que é de dose única, tem também a vantagem de ser armazenada em geladeiras comuns.
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