Aliança pela imunização

Aliança pela imunização: força-tarefa aponta esforço por vacinação internacional

Correio Braziliense

A BioNTech, fabricante da primeira vacina contra covid-19 do Ocidente, tenta firmar mais parcerias para aumentar a produção de vacinas. A meta é chegar a dois bilhões de doses ainda neste ano. Para isso, além da aliança com a Pfizer, a empresa alemã formou um acordo com 13 empresas, incluindo Novartis, Merck KGaA e Sanofi. O motivo disso é o temor que a gigante do ramo farmacêutico tem em relação à possibilidade de escassez de produto em uma retomada das infecções em diversos países.

Outra justificativa para a força-tarefa é o fato de a União Europeia enfrentar problemas para receber vacinas contratadas. A anglo-sueca AstraZeneca, por exemplo, não têm conseguido cumprir as promessas de entrega. O bloco foi mais lento do que seus aliados ocidentais para solicitar e aprovar as vacinas, o que aumentou as tensões com o Reino Unido e os EUA.

O cofundador e presidente-executivo da BioNTech, Ugur Sahin, disse à imprensa americana que percebeu, há alguns meses, a insuficiência da parceria com a Pfizer para atender à demanda global. Na mesma época, o diretor de operações da empresa, Sierk Poetting, foi um dos primeiros a sugerir a urgência de lançar uma nova aliança, a fim de cumprir os compromissos na Europa e em outros mercados. Com esse conglomerado, o gestor estimou a capacidade para produção de cerca de metade do fornecimento global de ingrediente ativo para a vacina contra covid-19.

Um dos desafios a serem enfrentados pela aliança é o fato da vacina da BioNTech usar novas técnicas sofisticadas que requerem poucos ingredientes e experiência. Isso implica uma cadeia de abastecimento vulnerável a controles de exportação que a UE, o Reino Unido e os EUA impuseram nos últimos meses, segundo funcionários da empresa.

Além disso, o número de parceiros, a complexidade do processo e as matérias-primas necessárias à produção da vacina da empresa – de DNA a enzimas, sais, açúcares e vários lipídios – tornam a cadeia de abastecimento delicada, com muitas possibilidades de gargalos.

AstraZeneca

A gigante farmacêutica AstraZeneca anunciou, ontem, um novo atraso nos envios de suas vacinas anticovid-19 para a União Europeia, um novo golpe aos esforços do bloco para acelerar a vacinação, embora persistam os temores sanitários sobre este produto defendido pela OMS.

Alegando problemas de produção e restrições de exportação, o laboratório anglo-sueco anunciou neste sábado mais atrasos na entrega de sua vacina à UE, o que representa um novo contratempo para a imagem do grupo.

Vários países suspenderam nesta semana a aplicação do produto da AstraZeneca por medo da formação de coágulos de sangue, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter garantido na sexta-feira que não há motivo para deixar de usar esta vacina contra a covid-19, doença que já causou mais de 2,6 milhões de mortes no planeta.

Dinamarca, Noruega, Islândia e Bulgária suspenderam, por precaução, as aplicações da AstraZenaca, e neste sábado a Índia anunciou que realizará uma revisão mais profunda dos efeitos colaterais deste imunizante.

Sobre os atrasos de suas entregas, a AstraZeneca explicou que decidiu recorrer aos seus centros de produção fora da UE para abastecer o bloco, mas Empresa culpa as restrições de exportação.

Índia revisa efeitos colaterais

A partir desta semana, a Índia começa a revisar mais profundamente os efeitos colaterais da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, apesar de não ter registrado casos de coágulos de sangue até o momento.

O governo indiano decidiu realizar a revisão depois que vários países suspenderam sua aplicação devido aos temores de formação de coágulos de sangue, mesmo que a OMS tenha dito que não há motivo para deixar de usar esta vacina.

“Vamos analisar todos os eventos adversos, particularmente os graves como mortes e hospitalizações. Nos pronunciaremos se encontrarmos algo que nos preocupe”, disse Narendra Kumar Arora, membro do grupo de trabalho nacional da Índia sobre covid-19.

A Índia administrou pelo menos 28 milhões de doses de vacinas em seu vasto programa de vacinação, a maioria delas da AstraZeneca, que são produzidas no Instituto Serum da Índia. Arora disse que “não houve qualquer problema de fato”.

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