Alta de novos casos acende alerta de segunda onda

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Valor Econômico 
Jornalista: Indefinido

15/06/20 - Os números de novos casos diários de coronavírus aceleraram da Flórida a Tóquio e Pequim, aumentando preocupações com uma possível segunda onda.

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A alta surge no momento em que Nova York e Alemanha registram queda dos casos diários, e a França anuncia o fim de medidas restritivas. O número de casos em todo o mundo ultrapassa 7,9 milhões, e o de mortes se aproxima de 434 mil.

Ontem, pelo quinto dia consecutivo o total de novas infecções na Flórida subiu mais do que a média de uma semana. Foram 75.568 casos de covid-19 registrados no domingo, 2,7% a mais do que no dia anterior, em comparação com o aumento médio de 2,32% nos sete dias anteriores. As mortes entre os moradores na Flórida chegam a 2.931. O Estado de Nova York contabilizou 23 mortes por coronavírus, menor cifra desde o início da pandemia. Alabama e Carolina do Sul relataram número recorde de novos casos pelo terceiro dia consecutivo no sábado. Arkansas, Carolina do Norte, Texas e Utah tiveram recorde de internações.

O coronavírus deverá continuar se disseminando até pelo menos 60% da população dos EUA ter se infectado, segundo Michael Osterholm, diretor do Centro de Políticas e Análises de Doenças Infecciosas, da Universidade de Minnesota. Segundo ele, 22 há uma hora Mundo Estados americanos registram tendência de aumento nos casos, 8, de estabilidade e 21, de declínio.

Diante de mais de 50 novos casos em Pequim (leia mais abaixo), a China cancelou o anúncio de indicadores econômicos previsto para hoje na capital. O Escritório Nacional de Estatísticas da China afirmou que, mesmo assim, dados de maio sobre produção industrial, vendas no varejo e investimento em ativos fixos serão divulgados.

Ontem Tóquio registrou 47 novas infecções, maior número desde 5 de maio. Destes, 27 são frequentadores de clubes noturnos e bares. Os novos casos surgem dias depois de a capital ter entrado em sua fase final de reabertura.

A Itália registrou 338 novos casos, abaixo dos 346 do sábado, mas acima da média anterior de sete dias, de 264 casos. Mais de 70% dos novos casos foram detectados na Lombardia, no norte do país.

A Rússia reportou 8.835 novos casos, 1,7% a mais do que no dia anterior. O país é o terceiro com mais casos no mundo, atrás dos EUA e do Brasil.

O Irã registrou 2.472 novas infecções ontem, acima de 2.410 no sábado. O número diário de mortes por coronavírus no país foi a 107, o maior em nove semanas. A Turquia também viu o número de novos casos crescer: foram 1.562 ontem, ante 1.459 do sábado. A cifra é duas vezes o nível do início de junho, quando o governo suspendeu medidas restritivas.

A Índia, que assumiu a quarta posição no mundo em número de casos confirmados de covid-19 - atrás dos EUA, Brasil e Rússia - registrou recorde do número de novos casos de 12.023 no sábado, ante 7.853 no início do mês. Com a segunda maior população do planeta - quase 1,4 bilhão de habitantes -, o país asiático poderá rapidamente assumir a liderança desse ranking.

No fim de março, o premiê Narendra Modi determinou confinamento nacional que ajudou a manter o ritmo de infeção da covid-19 baixa por dois meses. O número de casos acelerou após o início do processo de reabertura. É o caso da capital Nova Déli, que começou a relaxar seu longo e rígido confinamento em 4 de maio.

Na contramão, a Alemanha anunciou 41 novos casos no período de 24 horas até a manhã de ontem, em comparação aos 527 do dia anterior e ao pico de 7 mil casos diário no fim de março. O número de mortes diárias por covid-19 caiu de 16 para 10 ontem.

Portugal também vem registrando menos casos. Foram 227 novos ontem, terceiro dia consecutivo abaixo dos 300. O número de mortes, pacientes hospitalizados e casos em unidades de terapia intensiva caiu em relação ao sábado.

Ontem o presidente da França, Emmanuel Macron, suspendeu a maioria das medidas restritivas e disse que todas as escolas podem reabrir a partir do dia 22 de junho. A maioria das outras restrições terminará hoje, como viagens dentro da Europa. Há limites para reuniões com muitas pessoas, mas bares e restaurantes podem atender clientes nos terraços ao ar livre. O número de novos casos caiu de 726 na sexta-feira para 526 no sábado.

Na América Latina, o aumento do número de casos diários tem levado alguns países a cogitar reimpor medidas restritivas, como a Argentina. No Peru, o governo prorrogou o lockdown. No Chile, o governo teve de reimpor quarentena.

Frente o prolongamento da pandemia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que reduzirá sua projeção para a economia global em 2020 para retração de 3%, em relação à previsão anterior, divulgada em abril. A nova previsão será divulgada no dia 24.

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