Para atender a demanda, os R$ 50 milhões previstos para cinco anos serão aplicados em três anos
Por Ana Paula Machado — De São Paulo
A subsidiária da farmacêutica sul-africana Aspen Pharma no Brasil acelerou os investimentos no país para atender a demanda do mercado brasileiro. A companhia planejava investir R$ 50 milhões em cinco anos para aumentar a capacidade produtiva da fábrica, na cidade de Serra (ES). Agora, a empresa deverá aplicar os recursos em três anos. As informações são do Valor Econômico.
Com a ampliação da capacidade produtiva da planta, a companhia deve começar a produzir no país medicamentos que hoje são importados ou fabricados por terceiros. Os investimentos devem aumentar em 50% a capacidade de produção da unidade capixaba além de expandir em 80% o armazém que mantém na unidade. No último ano fiscal, a empresa produziu 195 milhões de comprimidos, 1,5 milhão de frascos e 912 mil unidades de semissólidos (pomadas).
“A dependência de fora tem que ser menor. Com o dólar nesse patamar os custos ficam muito altos e as margens reduzidas. O plano é que a importação represente menos de 50% do nosso portfólio”, disse Alexandre França, presidente da Aspen Pharma Brasil. Segundo ele, quatro medicamentos que puxam as vendas da companhia são fabricados fora da Aspen. O anestésico Diprivan, por exemplo, é produzido pela AstraZeneca, na Itália. Somente esse produto representa 25% das vendas da companhia no Brasil.
Além desse analgésico, a Magnésia Bisurada é fabricada na Pfizer no país; o Leite de Magnésia Phillips na Natulab, na Bahia; e o fitoterápico Calman, na Mirallys. Com essa estratégia, a empresa projeta manter o crescimento de dois dígitos, com receita de R$ 650 milhões no próximo ano e R$ 750 milhões em 2022.
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