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Sistema portátil permite extrair informações clínicas precisas e em poucos segundos, ajudando no tratamento mais eficaz em pacientes graves como os de Covid-19

A Baxter Hospitalar, empresa com amplo portfólio de equipamentos médicos e produtos farmacêuticos, acaba de lançar no Brasil o monitor Starling, um sistema de monitorização hemodinâmica e manejo de fluidos. O monitor Starling chega ao mercado como uma alternativa não-invasiva para a monitorização hemodinâmica, técnica para avaliar o estado hemodinâmico do paciente - conjunto de componentes físicos que constituem o bombeamento de sangue no sistema cardiovascular, como circulação das artérias, veias e arteríolas.

Esse método é um importante aliado do profissional de saúde para identificar o tratamento mais adequado a pacientes críticos e, consequentemente, fazer o manejo de fluidos individualizado, como a administração de uma quantidade exata de soro no paciente. Estudos indicam que avaliar somente a pressão arterial, a urina eliminada pelos rins e a frequência cardíaca para medir a elevação significativa do volume de sangue bombeado pelo coração por minuto, pode fornecer informações limitadas e inconclusivas, e consequências desastrosas.[1]

No Brasil, poucos pacientes graves são submetidos a uma monitorização avançada do estado hemodinâmico e os médicos quase sempre optam por métodos invasivos. No entanto, essas técnicas têm um alto risco de infecção, por conta da inserção de cateteres dentro de um vaso sanguíneo, por exemplo. Já as tecnologias de monitoramentos hemodinâmicos não-invasivas e contínuos disponíveis no mercado até então, são consideradas imprecisas pelos médicos, por conta de interferência de medicamentos ou do possível mal funcionamento das artérias do paciente.

Com sensores e monitor portátil e leve, Starling pode ser utilizado em diferentes ambientes de um hospital, como o pronto-socorro, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e centro cirúrgico. Por meio de sensores que podem ser posicionados em qualquer lugar do tórax ou das costas, a nova tecnologia fornece em menos de um minuto informações do estado do paciente, como o débito cardíaco - volume de sangue bombeado pelo coração por minuto.

“Antes de colocar um soro no paciente, precisamos entender quais são as razões de fazer esse volume no paciente. Existem diferentes motivos. Os principais costumam ser ressuscitação do paciente, reposição de uma perda, ou manutenção. Por isso, o manejo de fluídos precisa ser individualizado, como propõe a nova tecnologia Starling. Usar o fluido certo para o paciente correto”, explica o anestesiologista e professor da Universidade Federal de São Paulo, Luiz Fernando dos Reis Falcão.

Estudos demonstram que o volume excessivo ou insuficiente da terapia de fluidos que mantém a função dos órgãos (reanimação volêmica) pode levar a complicações sérias no paciente e contribuir para o aumento nos custos com a saúde. [2] [3] “É preciso ministrar doses de fluídos de acordo com a fisiologia do paciente. Mas, antes é importante avaliar se o paciente precisa receber fluídos também. Se dermos um alto volume de fluído, podemos provocar altos riscos de mortalidade no paciente. Por isso que, durante a pandemia do Covid-19, frisamos tanto que não se pode dar fluído ao paciente antes de fazer o monitoramento hemodinâmico. A sobrecarga de fluídos pode provocar a oxigenação insuficiente e complicações respiratórias que exigiriam ventilação mecânica na UTI”, explica o Dr. Ivens Souza, gerente médico da Baxter Brasil.

Com mais de 500 pacientes em estudos clínicos publicados e amplo uso clínico em centenas de milhares de pacientes em todo o mundo desde 2009, o Starling chega ao mercado hospitalar brasileiro como uma opção prática, precisa e segura para encontrar o volume ideal de fluídos de cada paciente. Um estudo da Universidade do Kansas avaliou uma melhora em 100 pacientes na UTI por meio da terapia de ressuscitação volêmica, que mantém a função dos órgãos, guiada pelo Starling. Os resultados foram a diminuição do tempo de permanência na UTI (-2,89 dias), do risco de ventilação mecânica (-51%), da necessidade de terapia dialítica (-13,25%), além de economia no custo de assistência médica estimada em US$ 14.498 por paciente tratado.[4]

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