— Foto: Anindito Mukherjee/Bloomberg
Valor Econômico / Site
Fonte: Nikkei Asian Review
27/08/20 - A batalha está preparada no setor de farmácias on-line da Índia, à medida que Jeff Bezos, da Amazon, e o bilionário indiano Mukesh Ambani, da Reliance Industries, ocupam posições em um mercado em crescimento.
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Com a pandemia de covid-19 mantendo muitos dos 1,3 bilhão de indianos dentro de casa, a demanda por compras on-line aumentou. Quando a Amazon começou a oferecer entregas de medicamentos em algumas partes da Índia em meados de agosto, foi rapidamente seguida pela Reliance, o maior conglomerado do país.
Os recém-chegados abalaram o estabelecimento de drogarias físicas no país.
A Amazon agora vende medicamentos sem receita e prescritos em lugares como Bengaluru, uma cidade do sul conhecida como Vale do Silício da Índia. O cliente faz o pedido anexando uma foto da receita, com descontos disponíveis para alguns medicamentos.
A Reliance Industries, que visa construir um império digital em cima de um grupo que abrange energia, varejo e telecomunicações, anunciou em 18 de agosto sua entrada no setor com a aquisição da operadora Netmeds.com.
A adição da Netmeds amplia o escopo das operações de comércio eletrônico do grupo, disse Isha Ambani, diretora da Reliance Retail Ventures e filha de Mukesh Ambani. O Netmeds.com é apoiado pela centenária farmacêutica e varejista Dadha Pharma.
Diante de uma concorrência tão grande, os rivais menores PharmEasy e Medlife concordaram em se fundir. Outros players digitais incluem MedPlusMart e cadeias de hospitais.
O mercado indiano de farmácias on-line deve crescer sete vezes, para US$ 3,6 bilhões, em 2022, de pouco mais de US$ 500 milhões, em 2018, afirma a empresa de pesquisas Frost & Sullivan. A pandemia pode acelerar essa expansão.
A entrada da Amazon na distribuição de drogas alarma os participantes existentes, tanto quanto a presença da gigante americana fez com os vendedores de outros produtos.
A Organização de Químicos e Drogas da Índia, um grupo de pequenas farmácias e 850 mil atacadistas, afirma que a expansão da Amazon é ilegal porque a empresa de comércio eletrônico não possui farmácias locais licenciadas. A associação enviou uma carta de protesto a Bezos, CEO da Amazon e a pessoa mais rica do mundo no momento, com fortuna estimada em US$ 200 bilhões.
Ambani, cuja própria riqueza aumentou neste ano, busca expandir a capacidade da Reliance Industries de atender ao mercado on-line do país, que o conglomerado ajudou a crescer com seu serviço de internet sem fio de baixo custo.
Seu braço digital, Jio Platforms, recebeu em julho investimentos de US$ 4,5 bilhões do Google, gigante da tecnologia que juntou-se a outros nomes como investidores da Jio, como Facebook, Intel e Qualcomm.
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