A Biosimilars Latam 2020 acontece em formato virtual hoje a amanhã, dias 11 e 12 de novembro. A expéctativa é que 200 executivos e pesquisadores ligados a 150 fabricantes, institutos e autarquias governamentais participem deste evento virtual. O Brasil recebeu uma edição presencial do evento em 2019, na capital paulista.
O faturamento global de biossimilares deve superar US$ 10 bilhões neste ano, inclusive com a busca por vacinas contra a Covid-19. A América Latina necessita de uma regulação forte, uniforme e maior compartilhamento de informações científicas.
“O incentivo a essa categoria é fundamental para a ampliação do acesso à saúde e para o combate massivo de doenças como artrite reumatoide, câncer e diabetes. Esses medicamentos podem garantir a mesma qualidade do tratamento em comparação às versões originais, mas com custos reduzidos em até 30%”, pontua Paulo Etcheverry, organizador do fórum e gerente regional do laboratório argentino Siegried.
O Brasil estará representado no evento por Rosane Cuber Guimarães, vice-diretora de qualidade do Bio-Manguinhos Fiocruz. É ela quem lidera o processo de transferência tecnológica e de metodologia da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.
Embora ainda em ritmo lento, o Brasil começa a registrar um aumento na aprovação desse gênero de medicamentos. Dos 32 fármacos já registrados pela Anvisa, 21 foram aprovados entre 2018 e 2019, enquanto outros cinco estão na fila. Apenas cinco biossimilares estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). “A compra ainda é muito concentrada no sistema público, o que compromete o acesso”, acredita.
Comentários