Brasil cai duas posições em ranking global

  • Evento de lançamento do IP Index 2021 apontou ações do INPI para modernização de processos e redução de backlog como essenciais para o avanço do país no índice mundial, ocupando o terceiro lugar do Brics, à frente da Índia
  • Levantamento analisa anualmente o cenário econômico para pesquisa e desenvolvimento de patentes em 53 diferentes mercados no mundo

 

São Paulo, – Os avanços obtidos pelo Brasil no campo da inovação e da Propriedade Intelectual (PI) foram os destaques do evento virtual de lançamento do IP Index 2021, nesta quarta-feira, dia 24. Elaborado anualmente pelo Centro de Política de Inovação Global (GIPC) da Câmara de Comércio dos Estados Unidos (U.S. Chamber of Commerce), o índice analisa o cenário econômico para as áreas de inovação e Propriedade Intelectual de 53 diferentes mercados que, juntos, representam mais de 90% do PIB mundial. Com uma pontuação total de 42,32%, o país ficou em terceiro lugar entre os integrantes do Brics, à frente da Índia e da África do Sul. Os esforços realizados no ano passado pelo INPI para modernizar processos e acabar com o gigantesco backlog são identificados no estudo como essenciais para os resultados obtidos. Quando o primeiro IP Index foi publicado, há nove anos, a pontuação brasileira era de 38,28%.

Durante o evento, o presidente do INPI, Cláudio Furtado, destacou o tamanho do desafio enfrentado pela entidade há cerca de dois anos: 160 mil processos de análise de patentes com decisões pendentes. “Eram solicitações que se acumulavam desde 2016, sendo que estávamos no começo de 2019, então a primeira missão foi adotar uma mudança de perspectiva, inclusive interna, que possibilitasse a compreensão do papel importante da entidade para ajudar a engajar o Brasil, de fato, em um sistema econômico liberal, e não ser mais um entrave”, disse Furtado. “Era o momento de mostrar para as pessoas o prejuízo à sociedade que esse backlog causava, implementando mudanças e partindo para ação, já que tínhamos uma proposta de alterações parada no Congresso Nacional há mais de um ano”.

Conforme o presidente do INPI, a modernização dos processos e um reposicionamento do instituto permitiram que, ao longo de um ano, o acúmulo do backlog fosse regularizado. “Alcançamos um prazo de análise que é benchmark, de cerca de 10 meses, e isso foi mais do que suficiente para podermos aderir ao Protocolo de Madrid, porque esse também era outro objetivo que tínhamos, aderirmos ao protocolos dos sistemas globais de PI”, declarou Furtado. Para o próximo índice, a perspectiva é otimista, como ressaltou o executivo. “Um de nossos parceiros, a Embrapii, já reportou um aumento de 25% nos depósitos de novas patentes e, dos cerca de nove mil depósitos domésticos que recebemos em 2020, avalio que pelo menos dois terços resultarão em invenções, impactando e transformando os produtos”, ressalta. “Verdadeiros hubs de inovação estão começando a se formar no país, envolvendo outras instituições e organizações, universidades e associações industriais”, concluiu.

Participaram ainda o lançamento do IP Index 2021 David Hirschmann, presidente e CEO do GIPC da Câmara de Comércio dos EUA, Meir Pugatch, diretor da Pugatch Consilium, Daren Tang, diretor geral do WIPO (World Intellectual Property Organization), Laurie Self, diretora de Relações Governamentais da Qualcomm, Laurie Hill, vice-presidente de Propriedade Intelectual da Genentech e Patrick Kilbride, vice-presidente sênior do GPIC.

Para acessar o relatório completo do IP Index 2021, em inglês, clique aqui.

Para acessar os dados sobre o Brasil, em português, clique aqui.

 

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O IP Index mapeia o ecossistema de Propriedade Intelectual em 53 economias globais, representando mais de 90% do PIB mundial: Argélia, Argentina, Austrália, Brasil, Brunei, Canadá, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Egito, França , Alemanha, Grécia, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Jordânia, Quênia, Kuwait, Malásia, México, Marrocos, Holanda, Nova Zelândia, Nigéria, Paquistão, Peru, Filipinas, Polônia, Rússia, Arábia Saudita , Cingapura, África do Sul, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Taiwan, Tailândia, Turquia, Estados Unidos da América, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Ucrânia, Venezuela e Vietnã.

O Centro de Política de Inovação Global da Câmara de Comércio dos EUA está trabalhando em todo o mundo para defender a inovação e a criatividade, com padrões de Propriedade Intelectual que criam empregos, salvam vidas, promovem a prosperidade econômica e cultural, gerando soluções inovadoras para os desafios globais.

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