Brasil pode aprovar até 4 remédios novos contra Covid

Brasil pode ter até quatro medicamentos novos para tratamento de Covid-19 até setembro - Jornal O Globo

O Globo 
Jornalista: Paula Ferreira

20/08/21 - Até o início de setembro o país pode ter pelo menos quatro novos medicamentos contra Covid-19 disponíveis. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve analisar até o próximo mês as drogas Sotrovimabe, Citrato de tofacitinibe (cujo nome comercial é Xeljanz), Baricitinibe e a Dexametasona. Atualmente, o Brasil tem outros quatro medicamentos aprovados para tratamento de covid-19. O mais recente foi o Regkirona (regdanvimabe), aprovado pela Anvisa na semana passada.

No caso do Sotrovimabe e do Citrato de tofacitinibe, os pedidos foram por uma autorização emergencial de uso, uma vez que os estudos ainda estão em andamento. Essa autorização é temporária. Já o Baricitinibe e a Dexametasona terão o pedido de pós-registro analisado pela agência que, caso seja aprovado, incluirá na bula desses medicamentos de forma permanente a indicação para Covid-19. Os quatro medicamentos são para uso em ambiente hospitalar.

Ambos os procedimentos têm prazo de análise de 30 dias para que a Anvisa observe a relação benefício versus risco do medicamento. Esse período pode ser interrompido quando a agência solicita informações complementares à farmacêutica responsável.

— Há uma expectativa de que nesse semestre tenhamos mais resultados dos estudos de medicamentos que aprovamos, e aí poderemos pensar num cenário no qual teremos mais opções de tratamento — afirmou ao GLOBO o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

A equipe que faz a análise desses medicamentos é composta por dez pessoas com formações diversas, como farmacêuticos, médicos, biólogos e estatísticos. O grupo é diferente daquele que analisa dados sobre as vacinas contra Covid-19. Ambos, no entanto, estão sob comando da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) da Anvisa.

— A gente já aprovou mais de 100 estudos de medicamentos, já vimos vários sendo concluídos e que deram resultados que não mostram vantagem do medicamento, cerca de 20% do total. Mas quando o estudo não se mostra favorável, a empresa nem submete o pedido, apenas comunica— disse Mendes.

Entre os estudos que seguem em andamento estão a nitazoxanida e a proxalutamida. Os dois medicamentos foram reiteradamente defendidos pelo governo. Após a comprovação da ineficácia da cloroquina no tratamento de Covid-19, alas ideológicas do governo passaram a propagandear a proxalutamida. Em uma live com o presidente Jair Bolsonaro, em abril, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti Neto, classificou o medicamento como "promissor

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