Câmara aprova MP que dá R$ 1,9 bi ao imunizante de Oxford

O Estado de S.Paulo, notícia também publicada em Valor Econômico / Site 
Jornalista: Camila Turtelli

A Câmara dos Deputados aprovou ontem a medida provisória que autoriza verba de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses de vacina contra a covid-19.

O recurso será destinado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para levar adiante o projeto em desenvolvimento com o laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford. A votação foi simbólica, sem a contagem de votos, e o texto segue agora para o Senado.

A matéria precisa ser aprovada até esta quinta-feira, para não perder a validade, embora parte do valor já tenha sido liberado ao instituto de pesquisa em agosto, na ocasião em que a medida foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Havia uma pressão para que a relatora, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), destinasse parte da verba, também, para o desenvolvimento da vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, cuja parceria no País é feita com o Instituto Butantã, em São Paulo.

A relatora tucana – do mesmo partido do governador paulista João Doria –, no entanto, não acatou a proposta dessa mudança. “Neste momento”, explicou a deputada, “não caberia acatar essas emendas para atender ao Instituto Butantã”.

Sua avaliação foi de que é preciso “encontrar outros caminhos, mas neste momento, pelo reconhecimento a Fiocruz e entendendo que esse valor vem para atender a uma parcela da produção dessas vacinas, teremos de buscar outros meios”, concluiu em sua decisão.

Mariana Carvalho afirmou ainda que espera que as outras vacinas em desenvolvimento no País também tenham apoio do governo e do Ministério da Saúde. “Temos outros institutos e outras vacinas sendo estudadas e esperamos ter o apoio do governo federal e do Ministério da Saúde para que essas outras vacinas contem com essa parceria”, disse a relatora, “ para que a gente consiga ter a oportunidade de vacinar o maior número de brasileiros possível”.

Tecnologia

No dia em que assinou a MP, Bolsonaro criticou, de forma indireta, a iniciativa do governo de São Paulo de negociar com a empresa chinesa para receber a Coronavac – que já avançava também nos seus testes em vários países, inclusive no Brasil. Seu comentário foi de que “o mais importante, diferente daquela outra (vacina) que um governador (João Doria) resolveu acertar com outro país (a China), vem a tecnologia para nós”.

A bancada paulista na Câmara começou a fazer contatos, a partir de agora, em busca de apoio para tentar destinar recursos ao Instituto Butantã em outra medida provisória, a 1004/20, que destina a verba ao Fundo Nacional de Saúde.

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