Campanha doa medidores de oxigênio

Valor Econômico 
Jornalista: Marcos de Moura e Souza

14/07/20 - Uma campanha idealizada pela Sociedade Brasileira de Infectologia e pelo Instituto Estáter pretende incentivar o uso de oxímetros por moradores de favelas pelo país que estejam em grupos de risco para covid-19. Os oxímetros são aparelhos que medem a saturação de oxigênio do sangue e que podem salvar vidas de pacientes nos estágios iniciais da doença. A Central Única das Favelas participa da iniciativa, que tem o apoio da Embraer, Boticário, Ultra, Gol, Klabin e banco Voiter.

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O Todos pela Saúde, grupo de especialistas em e liderado pelo médico Paulo ChapChap, diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, doará os oxímetros considerados necessários para a campanha. O Todos pela Saúde já tem 104 mil desses aparelhos. Clóvis Arns, presidente da SBI, afirmou ontem que a campanha, batizada de Alert(ar), tem o objetivo de detectar o quanto antes um quadro chamado de hipóxia silenciosa, que é a falta de oxigênio no sangue - e que nem sempre é percebida pela falta de ar.

A detecção precoce desse quadro permite que pacientes sejam hospitalizados e tratados numa fase cujos sintomas da covid-19 não requerem internações em UTI. “É frequente o paciente de covid ter hipóxia silenciosa”, disse Arns. “Esse aparelhinho pode salvar vidas.”

Pércio de Souza, presidente do Instituto Estáter - que há uma década tem projetos dedicados à infância e que na pandemia passou a dedicar parte do seu tempo aos dados sobre a pandemia - disse que nas próximas semanas os aparelhos já devem estar disponíveis em áreas pobres pelo país. A ideia é engajar agentes de saúde para que eles possam fazer as medições nos bairros e favelas onde atuam e, além desses profissionais, treinar voluntários e estudantes residentes.

Souza afirmou que cerca de 115 milhões de pessoas vivem em áreas onde a pandemia está ainda em fase ascendente. E que a intenção atingir com a campanha - e com os aparelhos - os moradores de áreas pobres, principalmente os com mais de 60 anos e com problemas prévios de saúde. Os detalhes da campanha - se serão usados carros de som, propagandas de rádio ou outros meios - ainda serão definidos em cada região.

A iniciativa do Instituto Estáter e da SBI tem o apoio ainda da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

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