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Folha de S.Paulo 
Jornalistas: Roxanne Liu e Yew Lun Tian, da Agência Reuters

25/08/20 - Desde julho, a China está administrando vacinas experimentais contra o coronavírus a grupos que enfrentam alto risco de infecção, disse uma autoridade da saúde à mídia estatal.

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Nenhuma vacina foi aprovada em testes finais em grande escala que mostrem que ela é segura e eficaz o suficiente para proteger as pessoas de contrair o vírus que já causou quase 800 mil mortes em todo o mundo. No entanto, em 25 de junho os militares chineses já aprovaram por um ano a vacina da empresa chinesa CanSino Biologics, que ainda está em fase de testes. A empresa não afirma se a vacinação é obrigatória ou opcional para os soldados.

Neste momento, há ao menos 135 vacinas em estudo em animais, 21 em fase 1, 13 em fase 2 e 8 em fase 3. Além da vacina aprovada para uso limitado em militares chineses, a vacina russa também já recebeu aprovação apesar da falta da conclusão de testes e de resultados publicados em revistas científicas.

O objetivo da vacina testada em grupos de risco, incluindo trabalhadores médicos e os que trabalham em mercados de alimentos e nos setores de transporte e serviços, é aumentar sua imunidade, disse Zheng Zhongwei, funcionário da Comissão Nacional de Saúde, à TV estatal em uma entrevista transmitida na noite de sábado (22).

Zheng afirmou que as autoridades podem considerar expandir modestamente o programa de emergência para tentar evitar possíveis surtos durante o outono e o inverno. Ele chefia a equipe liderada pelo governo chinês que coordena os recursos estatais para o desenvolvimento da vacina contra o coronavírus.

As diretrizes para o uso emergencial de potenciais vacinas contra o coronavírus, aprovadas em 24 de junho, de acordo com Zheng, não foram publicadas.

O jornal estatal Global Times relatou em junho que a China vinha oferecendo vacinas candidatas contra o coronavírus a funcionários de empresas estatais que viajavam para o exterior.

Alguns países são céticos quanto ao uso de vacinas experimentais pela China. Papua-Nova Guiné negou a entrada a cidadãos chineses que participaram de um ensaio de vacina contra o coronavírus, de acordo com um jornal australiano.

As vacinas contra o coronavírus da China terão preços próximos do custo, disse Zheng. "Isso não significa que as empresas não possam ter lucro", disse Zheng. "Elas devem decidir sobre lucros moderados ou lucros razoáveis com base nos custos."

Uma vacina potencial contra o coronavírus que está sendo desenvolvida por uma unidade do Grupo Farmacêutico Nacional da China (Sinopharm) poderá custar não mais que 1.000 yuans (US$ 144, ou cerca de R$ 800) por duas doses, disse o presidente da Sinopharm, Liu Jingzhen, à mídia estatal na semana passada.

"[O preço] será definitivamente menor que o citado por Liu", afirmou Zheng.

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