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By Saude Business
O setor farmacêutico passou por poucas e boas em 2020. Se o começo do ano foi na zona de conforto, os meses seguintes foram de aprendizado: gestão de estoque; vendas digitais; diversificação de produtos para atender à demanda de itens de higiene, por exemplo; e até mesmo realização de exames rápidos de Covid-19 nas lojas. Com a adaptabilidade, o setor ainda garantiu um crescimento de 7,4% no ano, segundo o IBGE.
A pandemia ainda não acabou, mas as mudanças, principalmente a digitalização, provocadas por ela já prometem deixar suas marcas no varejo. Pensando neste cenário e com base nos aprendizados do ano passado, listei cinco tendências para o mercado farmacêutico neste 2021.
1 - A farmácia como hub de saúde
Há uma tendência para que as farmácias virem hubs de saúde, como já acontece nos Estados Unidos. Lá, por exemplo, além dos farmacêuticos, existem médicos dentro das farmácias. Aqui no Brasil, a ABRAFARMA (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) vem fazendo um trabalho muito forte para que estes estabelecimentos virem micro centros de saúde e até já enviou uma proposta aos governos Federal e Estaduais para utilização de suas 26 redes associadas na vacinação contra a Covid-19. Ainda que não seja uma realidade, o conceito e o foco em atendimento personalizado valem para todos os tipos de estabelecimentos, desde grandes redes até farmácias de bairro.
2 - A tendência D2C (direct-to-consumer)
Após os famosos modelos B2B, B2C, B2B2C, o direct-to-consumer (D2C) começa a aparecer no varejo farmacêutico. O modelo permite a venda direta para o cliente final, sem a necessidade de intermediários e testes já estão sendo feitos no mercado. Algumas farmácias pequenas e independentes estão cedendo seu espaço para uma gondola a ser gerida diretamente pela indústria. O consumidor faz a compra por um aplicativo, realiza o pagamento e a farmácia recebe um repasse dessa transação.