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As novas tecnologias aceleraram a maneira como se descobrem e produzem novos medicamentos. Combinar todos os dados disponíveis, aliá-los à ciência e colocá-los em prático são os desafios apontados ao setor farmacêutico durante os próximos anos.

by Jornal Economico - Portugal

A inteligência artificial (IA) chegou ao setor farmacêutico onde teve um impacto incalculável. As inúmeras possibilidades que se abriram não foram ignoradas pelas grandes farmacêuticas e, como tal, é uma tendência que marcará o futuro da indústria durante as próximas décadas. O resultado é o aparecimento das chamadas “Biotecnológicas” que, cada vez mais, são uma parte fundamental das grandes empresas do setor da saúde.

A Web Summit reuniu o CIO da Johnson & Johnson, Jim Swanson e a presidente e COO da Recursion, Tina Larson, no âmbito do painel ‘Can AI beat biology?’, para discutirem de que forma a tecnologia e, mais concretamente, a IA assumiram um papel determinante na maneira como se estuda, compreende e trabalha a biologia.

Tina Larson explicou que, para a IA ser eficaz na identificação/análise, desenvolvimento e produção de medicamentos, “é necessário que os dados aos quais esta tecnologia tem acesso, sejam tão bons ou melhores do que a própria tecnologia”. Daí destacar a importância de vivermos numa era onde “a quantidade de dados recolhidos é enorme, por isso há que saber trabalhá-los para convergirem com as tecnologias de ponta disponíveis”.

A presidente da Recursion, aponta três tecnologias que revolucionaram a indústria farmacêutica e que não eram possíveis há cinco anos: “a primeira é a automação em laboratório que possibilitou acelerar as experiências laboratoriais passando das dezenas para milhões por semana. A segunda é podermos manipular a biologia de maneiras sem precedentes, permitindo combater doenças de uma maneira completamente diferente. Por último, as ferramentas computacionais, como a IA, que permitiram convergir todos estes avanços”.

Jim Swanson sublinha a importância da utilização dos dados recolhidos na indústria da saúde, quer seja de pacientes ou de funcionários, permitindo que sejam utilizados de uma forma massificada em grandes empresas, como a Johnson & Johson, “o ecossistema tecnológico, concretamente da IA e da investigação de dados, ajudou a transformar a maneira como pensamos a ciência”.

Swanson acrescenta que para implementar tais mudanças “é necessário haver dentro das empresas uma forte liderança científica que, no nosso caso, está encarregue de re-imaginar o processo de descoberta de novas drogas, re-imaginar os procedimentos clínicos, para isso é necessário ter os talentos certos, as tecnologias certas e os dados mais adequados”.

O CIO da Johnson & Johnson também realçou a importância de promover uma colaboração mais direta dos vários departamentos que compõem uma farmacêutica “não podemos ter cientistas num canto, engenheiros de software noutro canto e engenheiro de análise de dados noutro”. Swanson afirma que um dos maiores desafios é “juntar todas estas pessoas e tecnologias para resolver problemas importantes que assolam o mundo atualmente”.

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