Institute for New Economic Thinking

 

A indústria farmacêutica ganha evidência no clube das empresas bilionárias em atuação no Brasil. Das 621 companhias com valor de mercado superior a R$ 1 bilhão, 18 são do setor. É a quarta atividade econômica com mais figurantes nesse seleto grupo, atrás somente dos segmentos de alimentos & bebidas, comércio varejista e energia elétrica.

O ranking foi resultado de uma análise da Serasa-Experian, com apoio técnico do Centro de Estudos em Finanças da EAESP-FGV e do Valor Econômico. Para chegar ao valor de mercado, o estudo avaliou a receita líquida obtida por 1.142 empresas no ano passado, além de variáveis como o Ebitda e a rentabilidade patrimonial dessas corporações.

Os 18 laboratórios farmacêuticos somam R$ 49,74 bilhões de faturamento e respondem por 4,7% do lucro líquido obtido pelas maiores companhias do país. A Eurofarma ocupa a liderança, com faturamento de R$ 5,72 bilhões, seguida de perto pela Sanofi-Medley (R$ 4,49 bi) e EMS (R$ 4,35 bi).

 

Estreantes no clube

Dez representantes do setor cresceram acima de dois dígitos no período e duas delas ingressaram pela primeira vez no clube do bilhão – a FQM e a Blau. A FQM registrou uma valorização de 42,6% e alcançou R$ 1,39 bilhão de faturamento. A farmacêutica argentina, presente no Brasil desde 1932, aposta suas fichas na liderança do mercado de probióticos. O acordo com a francesa Biocodex garantiu ao laboratório a exclusividade na comercialização da linha Floratil, que vende 4,2 mil unidades por mês e gera receita anual de R$ 100 milhões. “Já no primeiro ano de operação, esperamos elevar esse movimento em 30%”, admite Jorge Duhalde, vice-presidente da divisão de consumo.

Já a Blau avançou 20,9% e tem receita de R$ 1,18 bilhão, sustentada sobretudo pelos medicamentos de especialidades, como antibióticos e relaxantes musculares. A empresa, que estreou na B3 neste ano, negocia a abertura de uma planta no Complexo de Suape (Pernambuco) com foco nessa categoria de remédios. Outra estratégia é a produção própria de insumos farmacêuticos.

“Queremos fabricar quatro IFAs já a partir deste ano em Cotia (SP). Dois serão ingredientes de novos medicamentos que submeteremos à aprovação da Anvisa. Os outros dois são matérias-primas que importávamos da Argentina e da China. Já temos, inclusive, consultas de farmacêuticas para fabricar anticorpos monoclonais e até vacinas para a Covid-19”, adianta o CEO Marcelo Hahn.

 

As 18 farmacêuticas com valor de mercado acima de R$ 1 bilhão

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