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120 mil doses da vacina CoronaVac chegaram da China em São Paulo (Foto: AP Photo/Andre Penner)

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O Instituto Butantan não enviará mais os resultados dos testes da CoronaVac à Anvisa na próxima terça-feira, 15. A data foi adiada e a previsão é de que as informações cheguem à Agência Nacional de Vigilância Sanitária no dia 23 de dezembro.

Apesar de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ter anunciado a data do início da imunização no estado, 25 de janeiro, a vacina contra o coronavírus ainda não tem a aprovação da Anvisa. O imunizante é produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês SinoVac.

A vacina está na terceira fase de testes e ainda não teve estudos clínicos divulgados. O próprio Butantan divulgou dados de produção de anticorpos pela CoronaVac.

Segundo Doria, o estado terá 46 milhões de doses da vacina, sendo que 6 milhões chegarão prontas e o restante será feita no país. Até o momento, o Butantan recebeu 120 mil doses prontas e também os insumos para produção de mais vacinas. O envase da CoronaVac já começou a ser feito na instituição.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, a ideia de Doria é ter um ensaio completo para apresentar à Anvisa. Além disso, o governo paulista acertou com a SinoVac que, até essa data, a empresa terá pedido o registro da vacina na NMPA, a Administra Nacional de Produtos Médicos, equivalente a Anvisa na China.

A instituição deve aprovar o uso em três dias. Dessa forma, seria mais difícil que a Anvisa rejeite a CoronVac. A estratégia é uma forma de evitar que haja qualquer veto político ou atraso da aprovação da vacina do Butantan.

Na China, a CoronaVac já obteve aprovação para uso emergencial.

No Brasil, há um conflito entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo em relação à vacina. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já havia prometido que compraria a CoronaVac, mas foi desautorizado por Bolsonaro. Recentemente, o ministro e Doria discutiram durante uma reunião por causa da vacina.

Houve ainda outros momentos de tensão entre o governo de São Paulo e Anvisa. O primeiro foi quando a agência interrompeu os estudos da terceira fase da vacina após a morte de um voluntário. Apesar de não haver relação entre a morte a imunização, a Anvisa disse que não foi informada sobre e, por isso, optou pela interrupção.

Também houve um mal-estar após o anuncio de Doria de que a população de São Paulo seria vacinada a partir de 25 de janeiro, mesmo sem a autorização da agência reguladora.

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