Especialista considera o número alto e reforça a necessidade de treinamento e conscientização para evitar desperdício
O Tempo – Super Notícia
Minas Gerais perdeu quase 12 mil doses de vacina contra a Covid-19 por vandalismo, falta de energia elétrica, além de falhas em equipamentos e no transporte. O levantamento é da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Desde o início da campanha de imunização, o Estado enviou ao Ministério da Saúde 39.269 doses para serem avaliadas após a constatação de algum procedimento errado que possa ter comprometido a eficácia da vacina. E, deste total, exatas 11.764 doses tiveram que ser inutilizadas.
A SES informou que, assim que o município identifica alguma alteração no imunizante, ele preenche um formulário online e notifica a pasta e o Ministério da Saúde, sendo o governo federal responsável pela avaliação conclusiva da destinação da vacina.
“Para evitar as perdas de doses, a SES-MG orienta os municípios, por meio das notas informativas que acompanham cada remessa de vacinas disponibilizadas aos municípios, sobre o armazenamento adequado de cada imunizante, manipulação, transporte, conservação e acondicionamento dos imunizantes em conformidade com as orientações do fabricante e aprovação pela Anvisa“, detalhou a pasta.
Integrante do Comitê de Combate à Covid-19 em Belo Horizonte e presidente da Sociedade Mineira de Infectologista, Estevão Urbano considera as perdas acima do limite aceitável. Para ele, é preciso reforçar as práticas de treinamento, educação e logística para evitar novos desperdícios.
“Esse número é muito alto. O que está acontecendo, possivelmente, é a falta de preparo técnico para lidar com as vacinas. Tem cidades, talvez, com o contingente de pessoas habilitadas pequeno, e às vezes pessoas despreparadas”, apontou o médico.
De acordo com o vacinômetro do governo, Minas recebeu, até o momento, 12.663.304 doses de imunizantes. No total, 11.245.079 foram distribuídas aos municípios.
O Estado tem 6.725.457 moradores que receberam a primeira dose e 2.660.539 com o esquema vacinal completo. Os números representam que a cobertura com a primeira dose está em 30,83% e 12,47% com a segunda dose.
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