Crise econômica vai durar mais de 12 meses, dizem executivos

Valor Econômico 
Jornalista: Juliana Schincariol


14/07/20 - Executivos brasileiros acreditam que a crise econômica causada pelo coronavírus vai durar mais de 12 meses, de acordo com um levantamento da empresa de auditoria e consultoria PwC. Realizado em junho, a pesquisa mostra que 17% dos 46 diretores financeiros ouvidos no Brasil apontam que o cenário mais complexo irá durar mais tempo. Na edição anterior, realizada em abril, essa possibilidade não era considerada.

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Esta é a quinta edição do estudo “Covid-19 CFO Pulse” e pela segunda vez contou com a participação do Brasil. O percentual de brasileiros que acreditam em uma retomada da normalidade dos negócios em até três meses diminuiu para 37% ante 50% antes. No total, foram ouvidos 989 diretores financeiros de 23 países ou regiões, incluindo o Brasil.

“Muita gente achava que a quarentena ia se resolver de forma mais rápida e já fazem quatro meses. O número de casos se estabilizou, mas não de forma homogênea entre as regiões do país. Muitas empresas reviram as expectativas e ficou claro que a crise não é tão fácil de ser resolvida”, disse o sócio da PwC, Luiz Ruivo.

Na época do estudo anterior, feito em abril, as empresas encontravam-se ainda lidando com os primeiros estágios da pandemia e com as respostas iniciais à crise.
Agora, o foco está nas estratégias voltadas à recuperação, o retorno das pessoas ao local de trabalho, entre outras preocupações.

A maioria dos entrevistados teme os impactos da crise nos resultados de suas empresas. Segundo o levantamento, 53% esperam uma redução de até 25% nas receitas ou lucros. “A crise pegou todo mundo de forma completamente inesperada. É um impacto bem complexo”, disse Ruivo. Para restaurar os fluxos de receita, quase dois terços dos diretores financeiros planejam fazer mudanças em suas ofertas de produtos ou serviços.

Para a PwC, muitas organizações estão pensando no que precisam fazer para sobreviver e prosperar no futuro. Elas estão preocupadas com a segurança de empregados e consumidores, uma possível nova onda de infecção, planos para enfrentar uma crise econômica global e a restauração de seus fluxos de receita com base na inovação.

“De forma geral, as coisas estão mais estabilizadas. Por outro lado, a expectativa de duração da crise aumentou. A incertezas vão se reduzir de forma gradual, mas vamos precisar de novos fatos na evolução do tratamento da doença como também das vacinas”, disse Ruivo.

Segundo o executivo, as empresas estão investindo em um plano de retomada dos locais de trabalho, que podem ser reconfigurados para liberar espaços ou promover o distanciamento. A pesquisa apontou que 80% dos executivos brasileiros ouvidos se mostram mais preocupados em planejar novas medidas de segurança ante 70% no levantamento anterior. Os diretores financeiros brasileiros também parecem mais inclinados que os de outros países a não retornar às instalações físicas de trabalho: 80% indicam que tomarão medidas para melhorar a experiência de trabalho remoto, em comparação a com 52% da média global.

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