O Grupo Dimed, controlador da Panvel, criticou a postura da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que suspendeu a proposta da companhia de converter ações preferencias em ordinárias para uma futura adesão ao Novo Mercado – o nível mais alto da Bolsa de Valores. As informações são do Valor Econômico.
Em novembro, a empresa propôs trocar cada ação preferencial por 0,8 ação ordinária, com base em uma média de cotações no primeiro semestre do ano. Porém, dois acionistas minoritários – os fundos CSHG Suprassumo e Samba Theta – recorreram à CVM para pedir a interrupção do prazo da assembleia sugerido pelo Grupo Dimed, entendendo que a relação deveria ser de 1 para 1.
A área técnica da CVM concluiu que a proposta não era “transparente, devidamente justificada e acompanhada de todas as informações relevantes”.
“Na nossa avaliação, com a decisão, o colegiado da CVM mudou entendimento já consolidado no mercado de que a empresa não é obrigada a detalhar os critérios para essa relação de troca”, declarou o diretor financeiro Antônio Napp. “Os acionistas têm o direito de discordar. Só gostaria que toda essa situação estivesse sendo conduzida com menos barulho”, complementou.
Nesta terça-feira, dia 29, a companhia reunirá os acionistas, mas dessa vez para aprovar a reforma do estatuto e dar continuidade ao processo de adesão ao nível 2 de governança corporativa da B3, aprovado no último dia 8.
Comentários