Valor Econômico 
Jornalista: Ana Paula Machado

10/09/20 - O grupo Dasa e a Mafra firmaram uma parceria com a americana Covaxx, subsidiária da United Biomedical Inc (UBI), para testes clínicos fase 2 e 3 de uma vacina para covid19. Os estudos devem começar no início do próximo ano e está prevista a participação de três mil voluntários. Nos primeiros 12 meses, as pesquisas deverão avaliar a eficácia da vacina e os outros 12 meses a sua segurança.

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Segundo a médica e co-Founder e co-CEO da Covaxx, Mei Mei Hu, a plataforma da vacina é feita com base em peptídeos e projetada para disparar resposta celular, responsável por uma imunidade mais duradoura, e de anticorpos ao mesmo tempo, estimulando o organismo a produzir alta reação imunológica. Os estudos fases 1 e 2 estão sendo feitos em Taiwan e, segundo ela, os resultados são promissores.
Por ser 100% sintética, portanto, sem uso de vírus em sua fabricação, a UB-612 tem baixo risco biológico e não requer tempo para cultivo de vírus, o que garante alta produção em escala. A Covaxx também estima a produção de 100 milhões de doses no primeiro quadrimestre de 2021 e 500 milhões em 2021. “Garantimos 10 milhões de doses para Dasa e Mafra para distribuição ao mercado privado brasileiro, após aprovação dos órgãos reguladores. Destinaremos, ainda, outras 50 milhões de doses para o mercado público do país.”

A executiva acrescentou ainda que os resultados dos ensaios pré-clínicos, com animais, demonstraram alto grau de imunogenicidade, sendo mais relevantes que de outras vacinas ou do plasma de infectados, e neutralização contra vírus vivos em comparação com os dados publicados de outras vacinas até o momento.
O resultado desses estudos devem ser concluídos em novembro e segundo o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, a partir dai a companhia dará entrada nos protocolos para autorização dos ensaios no país junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). “Vamos conduzir o projeto de recrutamento, utilizando o nosso banco de dados e devemos fechar parcerias com outros centros públicos e privados. Estamos empolgados com a vacina que apresentou alta resposta de imunogenicidade”, afirmou.
Ainda não está definido em quais estados os estudos devem ser conduzidos no país.
Isso dependerá, conforme Campana, do grau de contaminação dos locais.

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