por: Vitor Paiva
Hypeness
Já é mais do que comprovado que o uso medicinal da maconha é capaz de salvar vidas, mas uma empresa francesa ampliou ainda mais tal sentido, a partir não do canabidiol ou outros medicamentos fabricados com óleo da planta, mas sim de sua fibra: a marca Geochanvre utiliza o cânhamo, fibra da planta da maconha, para produzir máscaras biodegradáveis e ‘compostáveis‘ capazes de nos proteger da covid-19 enquanto também protege o meio-ambiente.
Segundo a empresa, trata-se da primeira máscara ‘compostável’ de toda a Europa, e seu desenvolvimento visa não só proteger a população do novo coronavírus, como também reduzir a poluição plástica e os produtos de polietileno – que levam séculos para decompor.
A preocupação não é exagero: de acordo com estudo publicado da revista científica Environmental Science and Technology estima-se que na atual pandemia cerca de 129 bilhões de máscaras descartáveis e 65 bilhões de luvas estão sendo usadas mensalmente. A maioria desses equipamentos é feita com materiais plásticos, e as máscaras que acabam nos oceanos podem levar até 450 anos para desaparecerem.
Foi para tentar amenizar esse trágico efeito colateral da pandemia atual que Frédéric Roure, presidente e fundador da Geochanvre, desenvolveu as máscaras feitas com o cânhamo.
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“É uma heresia não banir os produtos feitos com polietileno, material que é enviado para todos os cantos do planeta. Usemos produtos de agricultura local”, diz Roure. “Esse úm produto natural que irá retornar para o solo”, comenta sobre sua máscara.
A produção das máscaras de ‘hemp’ inclui fibras de milho em sua mistura e o elástico é feito com material reciclável.
Até aqui a maioria dos compradores das máscaras ‘de maconha‘ da Geochanvre são da Europa e do Canadá, mas a ideia é expandir a exportação para todo o mundo – desde março, no início da pandemia, mais de 1,5 milhão de máscaras da marca já foram vendidas.
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