O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-MG) solicitou a abertura de uma investigação junto ao Ministério Público de Minas Gerais. Padilha também pediu, nesta quarta, dia 25, o confisco das doses restantes das vacinas, que seriam da Pfizer (a empresa nega).
O grupo de cerca de 50 pessoas, integrado por empresários do setor de transportes em Minas Gerais e políticos ligados a eles, como o ex-senador Clésio Andrade, tomou a primeira dose na segunda, dia 23 - o agendamento da segunda dose da vacina estaria agendado para os próximos 30 dias.
"Precisamos urgentemente que o Ministério da Saúde e a secretaria estadual de Saúde requisitem de imediato todas as vacinas que possam estar de posse dos empresários e que as autoridades investiguem detalhes do processo de importação e o pagamento", disse Padilha à EXAME. "Trata-se de um acúmulo de crimes, como crime contra a vida, contra o SUS e a atitude ilegal em relação à lei aprovada pelo Congresso Nacional".
A norma a respeito de importação das vacinas pela iniciativa privada determina a doação de todas as doses ao Ministério da Saúde até que todas as pessoas dos grupos prioritários, como idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades, tenham sido imunizadas. Isso ainda está longe de acontecer. Por enquanto, o Brasil vacinou apenas cerca de 5% da população -- cerca de 77 milhões de pessoas se encaixam nos grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde.
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