EMS explica faturamento com o ‘kit Covid’

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by Monitor Mercantil

A farmacêutica brasileira EMS informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia que faturou R$ 142 milhões com medicamentos do kit Covid-19 em 2020, valor oito vezes maior em relação ao ano anterior. A soma com a venda de ivermectina, por exemplo, aumentou de R$ 2,2 milhões para R$ 71,1 milhões na pandemia.

Em nota, publicou posição contrária ao chamado ‘kit Covid’, que prevê o uso de medicamentos ineficazes contra o novo coronavírus, através do inexistente tratamento precoce. A empresa esclareceu que ‘sempre comercializou seus medicamentos para os fins previstos em bula, não tendo comercializado nenhum suposto kit relacionado à Covid’, ressaltando que produz a hidroxicloroquina desde setembro de 2019.

‘A EMS reforça que os dados espelham um cenário de mercado fortemente marcado pela pandemia de Covid-19, a partir de março de 2020, quando a primeira onda de coronavírus chegou com força à Europa e a cloroquina era estudada como um possível tratamento. Na época, houve uma forte procura espontânea pela hidroxicloroquina, o que impactou todo o setor farmacêutico no Brasil’, explica.

‘Assim, a empresa apoiou, com o fornecimento de hidroxicloroquina, dois dos principais estudos clínicos no país para verificar a eficácia e segurança do uso do medicamento contra a Covid, realizados pela Coalizão Covid-19 Brasil, envolvendo os principais hospitais e centros médicos do país, que apontaram a ineficácia do produto’, continua.

O laboratório também produziu os remédios azitromicina, hidroxicloroquina e nitazoxanida. Esses medicamentos não têm eficácia comprovada para o tratamento de pessoas diagnosticadas com o coronavírus, mas foram defendidos por Jair Bolsonaro. Os dados enviados à CPI mostraram que a EMS produziu cerca de 9 vezes mais comprimidos das drogas do kit covid no primeiro ano da pandemia.

Na nota explica que ‘a empresa produz a hidroxicloroquina desde setembro de 2019 e teve o primeiro registro de venda do produto em novembro, sendo que, até dezembro daquele ano, faturou pouco mais de R$ 1 milhão, não cabendo, portanto, a comparação com a comercialização durante todo o ano de 2020. No ano passado, as vendas de hidroxicloroquina representaram 0,2% do faturamento total da empresa e 11,6% do mercado total desse medicamento’.

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