Valor Econômico
Jornalista: Alexandre Melo
04/03/20 - A epidemia do novo coronavírus e seus efeitos na China fizeram com que as vendas globais da Beiersdorf, dona das marcas Nivea, Eucerin e Coppertone, ficassem “consideravelmente abaixo do previsto” em janeiro e fevereiro.
“[O desempenho] de janeiro não surpreendeu, mas as vendas em fevereiro tiveram um impacto maior”, afirmou ontem Stefan De Loecker, diretor-presidente da Beiersdorf, em teleconferência com analistas sobre os resultados do ano passado. Para 2020, a meta da multinacional alemã é elevar a receita entre 3% e 5%.
Em território chinês, os principais negócios da Beiersdorf são a Nivea, de cuidados pessoais, e a Maestro, de produtos para penteados. Além dos efeitos sobre a demanda no país, a epidemia teve impacto sobre a produção. Nem todas as fábricas chinesas do grupo retomaram as atividades.
Em 2019, as vendas globais da Beiersdorf somaram € 7,65 bilhões, um aumento de 4,1% sobre o ano anterior, sem considerar aquisições. O lucro depois de impostos foi de € 795 milhões, um crescimento de 5,1%.
As operações no Brasil, México e América Central registraram crescimento de vendas superior a 10%. Na América Latina, a receita alcançou € 648 milhões, um aumento de há uma hora Empresas 6,4%.
“Estes mercados registraram um forte crescimento, com contribuição dos produtos de hidratação corporal da Nivea”, disse Dessi Temperley, diretora financeira, durante a teleconferência.
Nas Américas, a receita da fabricante subiu 5,3%, para € 1,14 bilhão. Sem considerar o impacto negativo do câmbio na Argentina, o crescimento das vendas na América Latina teria sido de 11,5% e das Américas, de 8,3%.
No ano passado, a Beiersdorf expandiu fábricas no Brasil, Índia e Tailândia. “[A estratégia é] dar suporte para a ambição de crescimento nos mercados emergentes”, afirmou Loecker.
Com a expansão da unidade brasileira, localizada em Itatiba, no interior de São Paulo, a multinacional começou a produzir no país desodorantes em aerossol, substituindo as importações feitas da Argentina. O investimento foi de R$ 300 milhões.
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