O Estado de S.Paulo
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou ontem que considera “difícil” o Brasil obter dos Estados Unidos a liberação para compra de milhares de vacinas da AstraZeneca/ Oxford estocadas e ainda não aplicadas contra a covid-19 naquele país. Ao falar em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro também indicou que o Ministério da Saúde pode sofrer novos atrasos no fornecimento de doses do imunizante que são fabricadas na Índia.
Ele não citou a quantidade exata. Mas disse que dificuldades na produção podem afetar o fornecimento de milhares de unidades já contratadas pelo governo federal.
O chanceler disse que não poderia dar prazos para que o Brasil efetivamente receba uma parte das vacinas solicitadas ao governo norte-americano. Segundo Ernesto, apesar de apelos do Itamaraty e do Congresso ao governo Joe Biden, o excedente de vacinas “está se materializando devagar” nos EUA.
Pressionada pela comunidade internacional, a Casa Branca anunciou ter 7 milhões de doses em estoque e já autorizou o envio de parte para o México (2,5 milhões) e o Canadá (1,5 milhões).
Isso porque a vacina da AstraZeneca/Oxford ainda não obteve autorização de uso no território americano.
“O Brasil está negociando para procurar receber uma parte desse excedente, mas por enquanto esse excedente é algo extremamente limitado, porque está sujeito à regulação dos Estados Unidos”, disse o chanceler aos deputados.
Em paralelo, ele indicou que o governo tem “boa perspectiva” de conseguir “kits de intubação” e máquinas de produção de oxigênio nos EUA.
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