Estudo avalia como genoma de idosos define risco de covid

O Estado de S.Paulo 

Jornalista: Indefinido

23/09/20 - O Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco da USP vai usar o genoma sequenciado dos idosos também para avaliar quais variantes genéticas estão relacionadas com quadros mais ou menos graves de covid-19.

Siga o DikaJob

YouTube - Instagram - LinkedIn - Telegram - Facebook

 

De acordo com a geneticista Mayana Zatz, diretora do centro, enquanto a maioria dos idosos tem risco aumentado de complicações quando infectados pelo coronavírus, há centenários contaminados que, surpreendentemente, apresentam um quadro leve ou a forma assintomática da doença. “Queremos estudar se essas pessoas têm algum gene protetor”, afirmou.


O grupo deve também estudar o genoma de casais que tiveram intensidades diferentes da doença. “São pessoas que dividiram o mesmo espaço, a mesma cama e um adoeceu e o outro, não”, diz Mayana. Cem casais nessa condição já tiveram o material genético coletado.

 

Perguntas e respostas

 

O que são variantes genéticas?

São versões ou subtipos de um mesmo gene que podem determinar diferenças entre indivíduos. Elas podem definir desde a estatura de uma pessoa até uma maior predisposição para a manifestação de uma doença. As variantes podem ser herdadas dos ancestrais ou adquiridas durante a vida, geralmente quando há um “erro” no processo de replicação do DNA. Em alguns casos, elas também são chamadas de mutações.

 

Quantas variantes há em um genoma humano?

Um genoma completo tem, em média, 25 mil genes e 5 milhões de variantes genéticas em comparação com o chamado genoma de referência (sequência de DNA mais comum encontrada em um indivíduo). Muitas das variantes são compartilhadas por boa parte da população, enquanto algumas são extremamente raras.

 

Quantas variantes diferentes foram encontradas?

Os cientistas catalogaram cerca de 76 milhões de variantes genéticas no grupo de mais de mil idosos estudados. Dois milhões não estavam registradas nos principais bancos de dados genômicos do mundo. Isso porque a maioria das bases traz informações de indivíduos de origem caucasiana e tem pouca informação sobre populações muito miscigenadas, como a brasileira, ou de origem africana, por exemplo.

 

Por que o estudo das variantes é importante?

A descoberta de novas variantes e de sua prevalência em diferentes populações pode ajudar no diagnóstico precoce, predição de risco e tratamento de doenças.

 

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

DikaJob de

Para adicionar comentários, você deve ser membro de DikaJob.

Join DikaJob

Faça seu post no DikaJob