Folha de S.Paulo 
Jornalista: Indefinido

03/09/20 - A FDA (agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos) estendeu a autorização do uso emergencial do antiviral remdesivir para todos os pacientes adultos e pediátricos internados com a Covid-19. Desde maio, o medicamento tinha a permissão emergencial para ser usado nos casos mais graves, de pacientes que necessitavam de suporte respiratório.

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A decisão foi publicada pela agência em um comunicado no dia 28 de agosto.

O remdesivir, desenvolvido pela farmacêutica americana Gilead para o combate do vírus ebola, é um remédio experimental que ainda passa pela fase 3 de testes clínicos.

Estudos clínicos têm indicado um benefício discreto da droga para pacientes da Covid-19. Em um artigo publicado em 21 de agosto na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), um grupo internacional de pesquisadores demonstrou que o uso da droga pode levar a um quadro clínico significativamente melhor após cinco ou dez dias de uso do antiviral associado ao tratamento padrão. Os resultados foram obtidos em pesquisa com mais de 500 pacientes.

Em maio, um grande estudo patrocinado pelo grupo de Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) com mais de mil participantes mostrou que o uso do remdesivir poderia encurtar em cerca de quatro dias o período de tratamento para pacientes internados com a Covid-19. Os resultados foram publicados no periódico New England Journal of Medicine.

Nenhum estudo encontrou benefícios significativos na redução de mortes com o uso do antiviral até o momento.

Nos Estados Unidos, a produtora do remédio anunciou, em junho, que passaria a cobrar até US$ 3.120 (R$ 16.714) pelo tratamento completo. Até então, os frascos do medicamento usado com a permissão emergencial da FDA eram doados pela companhia.

Outro medicamento que vem dando resultados promissores no tratamento da Covid-19 é o anti-inflamatório corticoide dexametasona.

Seu uso para tratar pacientes adultos com quadros graves de Covid-19 aumentou o número de dias em que eles permaneceram fora do respirador artificial segundo pesquisa feita pela Coalizão Covid-19 Brasil, liderada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês. Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, pelo Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

A conclusão da atual pesquisa foi que o número de dias fora do respirador artificial foi maior nos pacientes tratados com dexametasona (média de 6,6 dias) do que no grupo controle (média de 4 dias).

O estudo foi realizado com 299 pacientes submetidos a ventilação mecânica em UTIs.

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