FAB vai ajudar a trazer equipamentos da China

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Valor Econômico
Jornalistas: Rafael Bitencourt, Fabio Murakawa e Murillo Camarotto


03/04/2020 - O governo contará com o apoio de aviões da Força Aérea Nacional (FAB) na logística de equipamentos hospitalares da China se continuar com dificuldades para trazer os produtos essenciais no enfrentamento do novo coronavírus, informou ontem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Madetta. Ele explicou que, só após a quarta tentativa, foi possível fazer uma encomenda volumosa da China.

Para garantir a entrega dos produtos, prevista para 30 dias, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foi acionado para coordenar a operação logística.

Mandetta comentou que, neste momento, os fornecedores estão exigindo pagamento à vista. Por isso, a União está usando seu poder de compra de forma centralizada. Segundo ele, depois que o mercado se normalizar, as compras voltarão a ser feitas pelos Estados normalmente.

Em entrevista no Palácio do Planalto, Mandetta reafirmou que o combate ao vírus tem exigido a interação com outros países. Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ele discutiu estratégias com o novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman. O principal tema da reunião de ontem à tarde foi como garantir a reposição dos estoques de produtos nos hospitais.

O ministro lembrou que os EUA estão com dificuldade em lidar com a doença em Nova York, na Califórnia e em outros Estados. “O Brasil pode colaborar com eles com algumas coisas. A gente deve trabalhar alguma coisa conjunta, vê se a gente organiza uma ampliação, trazendo matéria-prima, para as nossas fábricas poderem produzir, como é o caso das máscaras N-95 que eles têm muita carência.”

Durante a entrevista, Mandetta criticou a decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro de entrar com uma ação judicial para impedir que o médicos locais sejam requisitados para atuar em outros Estados. Ele disse que, se for necessário, o governo federal vai chamar profissionais de saúde - entre médicos de diferentes especialidades e enfermeiros - para ajudar no combate da pandemia.

“Se tiver necessidade, nós iremos convocar sim, mas por enquanto não há. Por enquanto é só um cadastro para saber quem tem disponibilidade, quem quer”, afirmou Mandetta.

Ontem, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que já conseguiu garantir a destinação de cerca de R$ 2,5 bilhões oriundos de acordos de leniência para enfrentar a pandemia.

Com novo boletim epidemiológico, o governo informou que o número de mortes pela covid-19 subiu de 241 para 299, em 24 horas, com alta de 24%.

A confirmação de casos da doença saltou de 6.836 para 7.910, com acréscimo de 16%.

Até agora, São Paulo registrou 3.506 pessoas com a covid-19. Outros Estados também já contabilizam centenas de pacientes infectados: casos, por exemplo, de Rio de Janeiro (992), Ceará (550), Distrito Federal (370), Minas Gerais (370) e Rio Grande do Sul (334).

Ao todo, 22 unidades da federação têm mortes por covid-19 - 188 foram em São Paulo, e outras, 41 no Rio. (Colaboraram Renan Truffi e Mariana Ribeiro)

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