Sonia Racy
Ao divulgar, ontem, novo protocolo recomendando a prescrição de cloroquina a partir dos primeiros sinais de contaminação pela covid-19, o Ministério da Saúde deu start à procura do remédio que já está em falta.
Em conversa com a coluna, conhecida médica que trata de pacientes com lúpus avisa: “Já hoje está difícil encontrar cloroquina, imagina agora”.
A Apsen Pharma Brasil distribui algo como 95% da hidroxicloroquina no País e está com estoque praticamente esgotado.
Segundo sua assessoria, pedidos de 30 dias para o medicamento bateram o volume do total de vendas em 2019.
Outra vez
No começo da correria às farmácias, a Apsen negociou com o Ministério da Saúde e a Anvisa medidas para limitar vendas do remédio exigindo receita controlada e que não faltasse remédio para pacientes crônicos.
A EMS e a Sanofi também produzem o medicamento hidroxicloroquina.
Armada inteira
A determinação de Bolsonaro, no fim de março, para que o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército aumentasse a produção de cloroquina fez elevar a média de 200 a 250 mil comprimidos a cada dois anos para mais de 500 mil a cada sete dias já em abril. Meta? Dobrar essa quantidade.
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