Farmacêuticas mais fortes na crise

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Na contramão de vários segmentos, que amargam prejuízos em função da pandemia, a indústria farmacêutica quase não sofreu abalos. Principalmente porque sua produção tem um papel importante para os governos, setor médico e hospitalar e para a população. Inclusive, a Covid-19 aqueceu ainda mais o setor, já que a pandemia traz consigo a necessidade de tratamentos e medicamentos que amenizem os sintomas provocados pela doença e por outras, principalmente emocionais, associadas ao momento de incerteza vivido pelas pessoas.

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Em Goiás, por exemplo, que hoje é o segundo maior polo farmoquímico do Brasil, a produção industrial apresentou crescimento de 5,4% no mês de junho, comparado com o mesmo período de 2019, conforme Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, esse porcentual coloca o Estado na primeira posição entre os pesquisados pela entidade.


Outro fator que serviu de impulso para a indústria farmacêutica nacional avançar no período, especialmente no campo da inovação, foram as restrições nas exportações. Antes da pandemia, o Brasil importava cerca de 60% dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) de países, como a China e Índia. Como essas nações tiveram atraso nas entregas dos ingredientes e alta de preços devido a um aumento na demanda internacional, a área farmacêutica precisou refazer suas linhas de suprimentos e repensar suas estratégias, aproveitando a biodiversidade do país e apostando em pesquisa e inovação.

Atualmente, a indústria farmacêutica nacional investe em média 8% da sua receita líquida anual em pesquisa e desenvolvimento, o que já gerou 94 estudos clínicos e mais de 880 patentes em análise ou concedidas, segundo o Grupo FarmaBrasil (GFB). Além disso, tem uma forte presença internacional, ampliando a área de atuação da indústria brasileira no mercado exterior.

De acordo com o Guia 2019 da Interfarma, que reúne dados do setor, incluindo indicadores de inovação, gestão pública da saúde e economia, a expectativa para o segmento é de que nos próximos quatro anos o Brasil assuma o quinto lugar no ranking mundial da indústria farmacêutica, liderado, atualmente, pelos Estados Unidos. Por conta dos indicadores, das suas dimensões continentais favoráveis e do mercado expressivo, o país deve subir duas posições até 2023.

Diante disso, especialmente se o coronavírus continuar restringindo as fronteiras internacionais, a produção nacional de medicamentos ganhará ainda mais força. E a pandemia que já impulsionou o setor, poderá servir ainda mais de incentivo para investimentos em estudos e na implantação de novas e inovadoras soluções no campo farmacêutico.

Fonte: O Popular

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