Governo de Israel suspende envio de doses a países aliados

Israel suspende distribuição de vacinas a países aliados após série de críticas - Jornal O Globo

O Estado de S.Paulo

Israel suspendeu nesta quinta-feira, 25, seu programa de envio de vacinas covid-19 ao exterior para comprar boa vontade internacional, disse o ministro da Defesa, Benny Gantz, depois de a imprensa israelense informar que a iniciativa seria investigada.

O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, foi criticado por doar vacinas a aliados estrangeiros, enquanto os palestinos reclamaram que, como força de ocupação, Israel deveria fornecer mais doses a eles.

A emissora pública israelense Kan, que no início desta semana relatou que Israel enviaria pequenas remessas de vacina para 19 países, disse que a Procuradoria-Geral pediu esclarecimentos sobre o programa.

“Saúdo a decisão de congelar a transferência de vacinas para outros países”, disse Gantz no Twitter. Apesar de estar no governo de Netanyahu, o ministro se prepara para enfrentá-lo na eleição do mês que vem.

Israel é um dos países que mais rápido lançaram sua campanha de vacinação contra a covid-19, com quase metade da população já tendo recebido pelo menos uma dose. Até agora, o país deu 2 mil doses de vacinas aos palestinos e prometeu outras 3 mil – e argumenta que a Autoridade Palestina é responsável pelo seu sistema de saúde.

Honduras, um aliado de Israel, já havia recebido 5 mil doses de vacinas de Israel na quinta-feira, antes de o programa ser suspenso. O presidente, Juan Orlando Hernández, postou no Twitter um vídeo da chegada do lote com a mensagem “Anime-se, Honduras!” O país se comprometeu a transferir sua embaixada para Jerusalém, medida que já foi tomada pela Guatemala, que também recebeu outras 5 mil doses.

O escritório de Netanyahu não fez nenhum comentário sobre a suspensão da iniciativa. O premiê israelense defendeu a doação das doses no início da semana, argumentando que Israel tinha vacinas do laboratório Moderna “não utilizadas” que sobraram.

No entanto, o ex-general Gantz afirmou que a decisão de distribuir vacinas deve ser tomada nos “fóruns apropriados” e não cabia a Netanyahu tomar a decisão por conta própria. / REUTERS

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