Hipolabor vai investir R$ 80 milhões em Minas

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Depois de entrar em operação em setembro do ano passado, a planta da Hipolabor em Montes Claros já vai passar por um processo de ampliação | Crédito: Divulgação

Diário do Comercio


Em operação desde setembro do ano passado, a mais nova planta da indústria farmacêutica Hipolabor, em Montes Claros, no Norte de Minas, deverá receber aporte de R$ 80 milhões neste exercício. 

O recurso será destinado a projetos e compra de máquinas e equipamentos para a linha de sólidos orais.

As informações são do presidente da empresa, Renato Alves, que afirmou que mesmo recentemente inaugurada, mediante inversões de R$ 180 milhões, a unidade concentrará os próximos aportes da indústria farmacêutica, uma vez que a planta localizada em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), já opera no limite de produção e expansão.

“A fábrica de Sabará recebeu muitos investimentos entre 2016 e 2019 e todas possibilidades de ampliação foram esgotadas. Além do mais, trata-se de uma planta madura em plenas condições de operar”, explicou.

Apenas no ano passado, a unidade da RMBH praticamente quadruplicou a produção de medicamentos. Já na unidade de Montes Claros, dos R$ 80 milhões estimados para este exercício, cerca de R$ 30 milhões já foram alocados nos dois primeiros meses de 2021.

A nova unidade da indústria farmacêutica é a maior fábrica de medicamentos genéricos do Estado e a marca é a maior do segmento em Minas Gerais, além de ser líder no ranking de fabricantes de medicamentos injetáveis do País.

Conforme já publicado, a Hipolabor Farmacêutica Ltda em Montes Claros tem 14 prédios, como laboratórios, auxiliares e de processos fabris, por exemplo. A área construída é de 30 mil metros quadrados. Ao todo, o terreno tem 120 mil metros quadrados.

Pandemia Em relação à demanda, Alves afirmou que segue bastante aquecida em função da pandemia de Covid-19, o que admite ser favorável ao negócio. Porém, não sem deixar de lamentar a situação epidemiológica e sanitária do mundo e do País.

“É uma contradição. Nossa missão é fabricar medicamentos e, por um lado, ficamos orgulhosos em poder contribuir com o salvamento de vidas; por outro, torcermos para que tudo acabe logo”, afirmou.

Para se ter uma ideia, no ano passado, o faturamento da empresa duplicou em relação a 2019. E se tratando especificamente de anestésicos e produtos relacionados à Covid-19, os números mais que triplicaram. Para este ano, a previsão ainda é de crescimento, mas em menor escala: de 15% a 20% sobre o exercício anterior.

Linha de produtos Em termos de território, as vendas ainda são limitadas apenas ao Brasil, embora no ano passado, os pedidos vindos do exterior tenham começado a chegar.

Os medicamentos da Hipolabor Farmacêutica Ltda são utilizados tanto na rede pública quanto na rede privada de saúde. A empresa, no entanto, não possui relação comercial direta com órgãos públicos, ela vende para distribuidoras no mercado b2b.

“Tivemos muita procura dos Estados Unidos e da Europa, mas infelizmente não tivemos capacidade de atender. Não suportamos nem a demanda interna; em maio, junho e julho tivemos desabastecimento no País, o que tornou impraticável qualquer movimento para exportação, mesmo que os valores fossem mais favoráveis. Somos brasileiros, atuamos no Brasil e priorizamos o atendimento de nossos próximos”, justificou.

Como em vários outros setores, o desequilíbrio entre oferta e demanda também causou o aumento desenfreado dos preços na indústria farmacêutica.

Entretanto, o executivo explicou que, no caso do Brasil, os preços são regulados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

“Os aumentos não foram repassados. A alta no desempenho do ano anterior ocorreu única e exclusivamente pelo crescimento dos volumes comercializamos”, ressaltou.

A marca tem em seu portfólio pelo menos 10 itens utilizados no combate ao coronavírus. Com a nova operação a produção deve chegar aos 20 milhões de ampolas mensais.

Alguns dos injetáveis produzidos pela marca são epinefrina, hemitartarato de norepinefrina, cloridrato de midazolam e citrato de fentanila. A Hipolabor também produz os sólidos carbonato de lítio, paracetamol e omeprazol.

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