Hospital premium recebe pacientes vindos de UTI aérea

O Estado de S.Paulo
Jornalista: Indefinido


06/05/20 - O Hospital Vila Nova Star, unidade premium da Rede D’Or em São Paulo, registrou pico em atendimentos por covid-19 em março, observou queda de internações em seguida e agora vê novo aumento de procura.

Como alguns Estados já registram colapso nos sistemas de saúde, o hospital tem recebido até pacientes de outras regiões que chegam em UTIs aéreas. “Já tivemos três casos de transferência, vindas do Piauí e do Amazonas”, conta Fabrícia Cotrin Loro, gerente assistencial.

Uma delas foi do empresário Petronio Augusto Pinheiro Filho, de 57 anos, de Manaus. No sétimo dia de sintomas da doença, ele começou a sentir falta de ar e não encontrou vaga em nenhum hospital da capital do Amazonas – nem os privados, como conta a mulher do paciente, a médica Rossiclei de Souza Pinheiro, de 56 anos.

Rossiclei então acionou a empresa do marido para pedir que arcasse com os custos da transferência em uma UTI aérea para o hospital paulista. “Todas as UTIs aéreas estavam no ar. Ou seja, mesmo tendo condições financeiras, não conseguíamos atendimento. Imagina quem não tem condições? Isso é o colapso. Ver um paciente evoluir para piora sem assistência é degradante”, afirma.

Depois de algumas horas, o casal conseguiu a UTI aérea. Se a espera tivesse sido um pouco maior, as chances de sobrevivência de Pinheiro Filho teriam sido menores, segundo a médica Ludhmila Abrahão Hajjar, que o acompanha. “É justamente nesse período da segunda semana da doença que há o pico dos problemas pulmonares e da inflamação. Ele veio na hora H”, explica ela. Pinheiro continua internado na UTI, estável.

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