Importância do descarte correto das embalagens

Jornal Diário do Nordeste

Na luta contra a Covid-19, empresas de tecnologia investem no fornecimento de embalagens especiais para reduzir os impactos ambientais durante a pandemia.

Usar o álcool em gel, usar a máscara, higienizar bem as mãos, manter o distanciamento social e o isolamento total em situações de lockdown. Essas são algumas das orientações mais comuns e mais importantes para conter o avanço da pandemia provocada pelo Novo Coronavírus no mundo inteiro. São orientações que, no senso comum, estão ao alcance de todos. Basta cada um querer e fazer a sua parte.

Mas esses, com certeza, não são os únicos cuidados para desacelerar o nível de contaminação pela Covid-19. Existem outras iniciativas que são de uso mais restrito e que envolvem diretamente a tecnologia como, por exemplo, o armazenamento, transporte, monitoramento e o descarte de embalagens de produtos que são diariamente utilizados junto à população no combate à doença.

Atualmente, uma das grandes preocupações do governo federal, dos governos estaduais e municipais, além da compra das vacinas, é com a logística dos insumos utilizados no processo de vacinação em todo o país. Cuidados extremamente necessários para evitar riscos de proliferação do Novo Coronavírus. De olho nessa fatia do mercado, algumas empresas, especialistas no setor, investiram e continuam investindo pesado em pesquisas e no aperfeiçoamento dos serviços prestados às administrações públicas, hospitais e laboratórios. “Estamos contatando e em tratativas com governos em todas as instâncias. Aqui não temos descarte, todas as nossas embalagens são 100% reutilizáveis, feitas com componentes totalmente recicláveis e gerando mínimo impacto ambiental”, comenta David Bueno, CEO da Shield Company que é uma empresa de tecnologia, armazenamento, transporte e monitoramento de termolábeis.

Um dos produtos armazenados, transportados e distribuídos nos estados brasileiros é a CoronaVac, vacina utilizada, inclusive, no Ceará, desde o início do Plano Nacional de Imunização. David Bueno, que vem conduzindo as tratativas da empresa, para o uso das embalagens termolábeis nesses casos, esclarece que esse é um produto de fácil manuseio. Mas ainda assim, é preciso estar atento aos cuidados que devem ser adotados em todo o processo, segundo ele. A Shield Box é uma embalagem termolábil cujas experiências comprovaram que é adequada para o transporte e armazenamento de insumos e materiais com ranges de temperatura de 2 a 8ºC e 15 a 25ºC por até 200 horas.

Os especialistas em logística alertam que do armazenamento e transporte, até a distribuição às secretarias de saúde estaduais e municipais, é muito importante garantir o total controle da temperatura e geolocalização em tempo real sobre o transporte de medicamentos e vacinas. “Este fator é de extrema importância, principalmente quando observamos os atrasos nos voos para os estados com as vacinas. Com as informações corretas e precisas, evitamos possíveis desperdícios destes medicamentos”, finaliza David Bueno.

Saúde e Meio Ambiente
Quanto mais tecnologia melhor. A Shield Company, por exemplo, criou uma plataforma que conecta laboratórios, operadores logísticos, centros de pesquisa e pacientes, o viabiliza o monitoramento em tempo real no armazenamento e transporte de medicamentos e vacinas. Nessas circunstâncias, o monitoramento viabiliza intervenções em caso de excursão de temperatura, variação de umidade, abertura da embalagem ou danos físicos em decorrência de choques, cruciais para que a qualidade do produto não seja comprometida. As embalagens são 100% recicláveis, portanto, não geram resíduos para a natureza. Além disso, apostando na sustentabilidade, a empresa de tecnologia firmou uma parceria com a SOS Mata Atlântica, na campanha “Todos por um mundo melhor”, na qual cada embalagem utilizada gera o plantio de uma muda nativa.

Caixa inovadora

A Pfizer, farmacêutica norte-americana, também disputa esse mercado no Brasil. Ela apresentou ao governo federal um plano logístico e ferramentas para apoiar o transporte, o armazenamento e o monitoramento da temperatura da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech. A vacina exige condições especiais de armazenamento, com temperaturas de -70ºC.

No plano apresentado ao governo brasileiro, a Pfizer destacou a possibilidade de realizar o transporte da vacina em uma “embalagem inovadora” com caixas capazes de armazenar a vacina a -75ºC por 15 dias, em gelo seco. Assim, segundo a empresa, o imunizante pode ficar em um refrigerador comum (entre 2º e 8º) por até 5 dias, viabilizando a distribuição e vacinação.

Parceria antiga

Em Santa Catarina, outra empresa, a Termotécnica de Joinville, já vem operando com o governo federal desde outras campanhas de vacinação nacional. Em agosto do ano passado a empresa lançou a nanotecnologia do SafePack – EPS antiviral, para redução do risco e velocidade da contaminação por vírus e iniciou a fase final de testes das unidades conservadoras em EPS para o transporte de vacinas em temperaturas extremamente baixas. Quando a Anvisa liberou a distribuição da CoronaVac, para os estados, o transporte do primeiro lote da vacina foi feito pela Termotécnica. Naquela ocasião, foram utilizadas 3 mil conservadoras em EPS de 130 litros.

A complexidade da distribuição das vacinas contra a Covid-19 tem sido, desde início da pandemia, uma grande preocupação dos governos e empresas. A preocupação tem sentido. A cadeia logística é fundamental no processo de vacinação para garantir a efetividade e eficácia da imunização de toda a população brasileira em todas as regiões do país, independente da distância a ser percorrida para a entrega da vacina nos locais de imunização.

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