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Valor Econômico
Jornalista: Ana Luiza Mahlmeister


31/07/20 - Análise de bases de dados clínicos com métodos estatísticos combinada ao conhecimento médico mudou a forma de avaliar riscos e a evolução das doenças. Tecnologias como testes de biomarcadores e sequenciamento do genoma expandem opções de diagnóstico e orientam os melhores tratamentos, afirma Claudia Toledo, diretora de soluções clínicas da Elsevier.

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O diagnóstico do novo coronavírus, por exemplo, ficou mais acessível com a criação do banco de dados RadVid-19 alimentado por 50 hospitais e laboratórios de todo o Brasil. Criado pelo Instituto de Radiologia (InRad) da USP, e pelo InovaHC - braço de inovação e tecnologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) -, já cadastrou quase 7 mil exames de imagens enviados por radiologistas de 12 Estados brasileiros e recebeu 21,5 mil acessos com 71% de resultados positivos para a covid-19.

“Com algoritmos de inteligência artificial o sistema indica a probabilidade de a pessoa estar ou não infectada comparando padrões comuns da doença, aponta o grau de comprometimento pulmonar e orienta o tratamento mesmo antes do resultado de outros tipos de testes”, explica Gustavo Meirelles, gestor médico de radiologia, estratégia e inovação do Grupo Fleury. Médicos radiologistas em plantão on-line esclarecem dúvidas de diagnóstico com base nos exames de imagem - indicando, por exemplo, alta ou baixa probabilidade para o coronavírus.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz e a Dasa coordenam um projeto similar para a estratificação de risco e definição da conduta terapêutica de pacientes com covid-19 que vai consolidar dados clínicos e exames laboratoriais e de imagem para auxiliar o diagnóstico radiológico. O banco de dados conta com mais de 2,7 mil imagens de tomografia computadorizada de tórax antes do coronavírus e mais de 200 exames positivos para a infecção. “A coleta dos dados está em fase final e estamos avançando no ‘treinamento’ dos algoritmos de IA”, ressalta Gustavo Prado, gerente de inovação e educação médica do Oswaldo Cruz.

A plataforma estima o risco de evoluções mais graves da covid-19 e apoia decisões como previsão de leitos e estratégias terapêuticas. O sistema quantifica a extensão do acometimento pulmonar, algo que mesmo para um radiologista experiente é uma tarefa complexa e demorada. As informações indicam riscos de evolução desfavorável, como necessidade de admissão em UTI, apoiando decisões médicas e a gestão de recursos das unidades de saúde.

Todos os dados de pacientes foram anonimizados e o controle de acesso está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), detalha Leonardo Vedolin, vice-presidente da área médica da DasInova, laboratório de inteligência artificial da Dasa.

Na linha de tratamentos personalizados, a Dasa lançou o GeneOne, painel que avalia o metabolismo com base no DNA do paciente demonstrando como cada medicamento reage no organismo, a interação com outras drogas, alimentos e hábitos de vida para ajustar prescrições.

A inteligência artificial ou computação cognitiva está na base de outros exames clínicos do Fleury como o Oncofoco, que faz o sequenciamento do DNA para identificar medicamentos e ensaios clínicos e apoiar decisões médicas para pacientes com casos de câncer complexos. “Uma ferramenta de bioinformática desenvolvida no Fleury gera, em poucos segundos, um relatório com dados de ensaios clínicos presentes na literatura médica mundial e uma lista de medicamentos ou tratamentos que podem responder às alterações genômicas encontradas naquela amostra tumoral”, diz Meirelles, do Fleury.

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