Mesmo autorizada, Sputnik não chegará de imediato

O Globo 
Jornalistas: Melissa Duarte e Paula Ferreira

Com a importação excepcional autorizada, com restrições, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina Sputnik V não chegará de imediato no braço dos brasileiros. Segundo fontes, não há definição sobre o cronograma de entregas das doses da vacina, e governadores terão que repactuar a compra com o Fundo Russo. Está prevista para esta terça uma nova reunião de representantes do Consórcio Nordeste com os fabricantes da Sputnik V para definir a entrega. Ontem, secretários estaduais de saúde participaram de uma reunião com diretores da Anvisa para sanar dúvidas sobre o processo de importação da Sputnik V, que exige, entre outros pontos, a assinatura de um termo de compromisso. O trâmite completo até a vacinação de fato, segundo estimativas de técnicos da agência, pode chegar a cerca de 30 dias.

A expectativa é que até a semana que vem os estados assinem o termo exigido pela Anvisa para dar continuidade ao trâmite de importação que culminará na vacinação, mas o processo completo deve demorar mais, já que os detalhes de acompanhamento da imunização devem ser definidos em acordo com a Anvisa. Após a importação excepcional, deverá haver, ainda, a análise lote a lote. “Uma das principais necessidades é o delineamento do estudo de efetividade e do monitoramento”, diz nota da agência

Por enquanto, só adultos de 18 a 60 anos sem doenças prévias poderão receber a vacina. Entre as condicionantes da importação estão a não utilização em grávidas, puérperas e lactantes.

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