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By Renato Santino - Olhar Digital

A busca por um medicamento eficaz no combate à Covid-19 não para. Agora, saíram resultados positivos de um estudo com um novo medicamento antiviral desenvolvido especificamente contra a doença em testes realizados em animais. Nos experimentos, relatados em artigo publicado na revista Nature, o molnupiravir demonstrou capacidade em impedir a replicação viral e cortar o desenvolvimento da doença.

O medicamento já havia apresentado resultados promissores em furões. Nos animais, o antiviral demonstrou um impacto em potencial na transmissibilidade do vírus. Agora, com ratos alterados para apresentarem tecido celular similar ao humano nos pulmões, a droga também apresentou capacidade de impedir a infecção.

A utilização dos ratos geneticamente modificados é que o Sars-Cov-2 não se replica no animal naturalmente. Por isso, foi utilizada uma linhagem especial de camundongos, que podem replicar melhor o comportamento do vírus no organismo, graças à presença das células importantes para a infecção.

Os ratos receberam o medicamento por via oral 24 horas ou 48 horas após a exposição ao vírus e a cada 12 horas depois disso. Os resultados foram consistentes, com uma redução forte na replicação viral após dois dias de tratamento.

De acordo com os pesquisadores, houve uma redução de 25 mil vezes no número de partículas infecciosas no tecido pulmonar dos camundongos após 24 horas do tratamento com o molnupiravir. Após 48 horas, a concentração viral caiu 96%.

Os cientistas também experimentaram o uso profilático da droga, para tentar prevenir a infecção. Neste caso, o molnupiravir foi administrado 12 horas antes da exposição e 12 horas depois. Com este uso, a concentração viral foi reduzida em 100 mil vezes em dois experimentos distintos, como informaram os autores, ligados à Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Com bons resultados em animais, resta agora confirmar se o molnupiravir demonstra o mesmo poder quando testado em seres humanos. A farmacêutica Merck já está conduzido ensaios clínicos de fase 2 e 3 com pacientes hospitalizados que podem ter seus resultados apresentados ainda neste trimestre, mas até o momento não há mais informações sobre o andamento dos estudos.

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