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Socorristas levam paciente para hospital de NY; mortes em casa por parada cardíaca aumentaram 800% - Foto: Reuters

Da CNN, em São Paulo


Uma pesquisa realizada pelo site Angioplasty.Org, umas das comunidades mais antigas de cardiologistas e pacientes na internet, revelou que o número de pessoas que morreram em casa de ataque cardíaco em Nova York, nos Estados Unidos, entre 30 de março e 5 de abril foi 8 vezes maior do que o mesmo período em 2019.

O levantamento mostrou ainda que no período houve uma queda de 50% ou mais no número de pessoas tratadas nas emergências de hospitais para o mesmo tipo de problema. Especialistas relacionaram essas duas situações com um possível receio das pessoas em acionar os serviços de emergência durante a pandemia do novo coronavírus.

Ao todo, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros de Nova York, foram 1.990 pedidos de atendimento aos serviços de emergência para paradas cardíacas, um aumento de quatro vezes em relação ao mesmo período no ano anterior, dos quais 1.429 resultaram em morte, número oito vezes superior a 2019.

Acredita-se que a parada cardíaca em muitas dessas vítimas tenha sido provocada por uma infecção por COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus, não tratada. Como os médicos legistas do estado estão sobrecarregados e muitas pessoas foram enterradas sem a realização de autópsia, não será possível determinar quantas dessas mortes foram diretamente causadas pela doença.

“Mas é muito provável que algumas dessas pessoas morreram de bloqueios devido a doença arterial coronariana, que em qualquer outro momento poderia ter sido tratada prontamente por meio de angioplastia, salvando essas vidas”, diz o Angioplasty.Org.

Mike Greco, paramédico e vice-presidente do sindicado Local 2507 – que representa paramédicos, técnicos de emergência médica e bombeiros em NY – afirmou que o novo coronavírus dominou os hospitais, os serviços de emergência e as mentes das pessoas.

“O medo é pior do que qualquer coisa. Eu atribuo [esse aumento das paradas cardíacas] ao medo em relação à COVID-19 e ao fato de os pacientes não relatarem os sintomas para não terem que ir a um hospital em razão do medo de contrair essa doença”, disse Greco ao site especializado.

Também ao Angioplasty.Org, o médico Robert Harrington, director do Departamento de Medicina da Universidade Stanford e presidente da Associação Americana do Coração, afirmou que pacientes com doenças cardiovasculares crônicas estão mais sujeitos aos efeitos da COVID-19.

“Os pacientes estão, compreensivelmente, preocupados ou até com medo de procurar atendimento de emergência, mesmo que os sintomas cardíacos sejam agudos”, disse Harrington, que recomendou ainda o uso da telemedicina como uma forma de prevenção para esses casos.

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