Os resultados “decepcionantes e pouco surpreendentes” da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela MSD abortou os planos da companhia de desenvolver o imunizante. As informações são da revista Veja. Segundo a reportagem, a empresa, que apostava em dois antígenos em fase experimental, anunciou nesta segunda-feira, 25, que os modelos geraram menos anticorpos neutralizantes ao vírus em relação a suas concorrentes.
Diante da frustração, a MSD voltará seus esforços na busca por um antiviral que apresente eficácia para o controle da enfermidade. Diferentemente das rivais Pfizer e Moderna, que desenvolveram vacinas à base de RNA mensageiro, a gigante farmacêutica americana usou tecnologia de inoculação já existente para o combate ao ebola e ao sarampo. Nenhum dos modelos, no entanto, apresentou eficácia necessária.
“Não tínhamos o que precisávamos para seguir em frente”, disse Nicholas Kartsonis, vice-presidente sênior de pesquisa clínica para doenças infecciosas e vacinas da Merck. Fora a taxa de eficácia baixa, especialistas apontam a falta de clareza em relação ao combate às novas variantes descobertas recentemente como um empecilho para seguir com o projeto adiante.
Além de ser uma opção a menos para o público, sobretudo dos EUA, país que perdeu mais de 400 mil vidas para a enfermidade, a empresa vai assistir suas rivais Pfizer e Moderna se colocarem como principais alternativas de imunização ao novo coronavírus. Segundo a Bloomberg, a farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, deve divulgar dados de eficácia e o pedido para uso emergencial de seu antígeno em breve.
A MSD afirmou que continuará em busca de um antiviral que auxilie no combate ao vírus. Há dois medicamentos em fase de testes: MK-7110 e MK-4482, que agora passam a se chamar molnupiravir. A farmacêutica desenvolve a pílula em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics. As companhias esperam obter os primeiros dados sobre a eficácia do remédio até o fim do primeiro trimestre, com concluir dos estudos prevista para maio.
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