Com 146 lojas espalhadas pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraíba, Bahia, Maranhão, Rondônia e Tocantins, o Grupo Multifarma deve lançar ainda este ano um aplicativo de vendas e planeja fechar 2020 com até 250 lojas. Confira entrevista com Ramirez Soares Ramos, CEO da rede associativista originária da Bahia.
1 – Quais são os projetos de expansão da rede?
Temos ainda neste semestre a previsão de chegar a 250 lojas. Hoje nossa rede conta com 146 pontos de venda espalhados por dez estados brasileiros e pelo Distrito Federal. Para 2021, em função da pandemia, acreditamos ser muito difícil fazer qualquer previsão. O que sabemos é que a pandemia vai passar e nós voltaremos a um normal diferente, mas dependemos dos desdobramentos relacionados à vacina.
2 – Como foi o desempenho da rede este ano?
Com a chegada da Covid-19 no Brasil em março, tivemos um rápido crescimento nas vendas em função do comportamento de estocagem de produtos por parte do consumidor e da pré-alta dos medicamentos. Em abril houve uma retração entre 15% e 20% nas lojas. Mas a partir de maio começamos a observar uma retomada do crescimento contínuo, com a entrada de novos associados e abertura de novas lojas – favorecida pela migração do consumidor para farmácias mais próximas de suas residências. A rede apresentou um crescimento médio de 70% no número de unidades desde o início do ano, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde não tínhamos presença.
3 – Vocês tiveram que mudar algum processo em função da pandemia?
Observamos um aumento nas vendas virtuais pelo WhatsApp. E por conta disso, estamos desenvolvendo um aplicativo de vendas. A plataforma funcionará como uma espécie de e-commerce regional, na qual o associado pode efetuar as vendas digitais para o consumidor daquele local onde ele está situado, por meio de recursos de geolocalização. Hoje, esse canal apresenta um crescimento acima de 20% entre os nossos associados e quem não aderir a essa novidade vai ficar fora do mercado muito em breve.
4 – Quais os diferenciais da rede para a conversão de bandeira?
Primeiramente, convém esclarecer que a rede não se limita a atuar como uma central de compras, com oferta de descontos. Buscamos mostrar para a drogaria que a formação de uma rede associavista viabiliza uma estratégia de precificação inteligente. Outro ponto importante são as parcerias que firmamos com operadoras de cartão de crédito e de recargas de celular, com uma taxa bem abaixo da que o mercado oferece.
Também buscamos ressaltar entre nossos associados a importância da gestão financeira para resolver gargalos operacionais. Trabalhamos com um painel de gestão estratégica (PGE), pelo qual o associado consegue mensurar e ver o tíquete médio de sua drogaria, qual está sendo a renda por colaborador, o nível de endividamento e estoque.
5 – A rede trabalha com serviços farmacêuticos?
Sim, tanto que fechamos em junho uma parceria com a plataforma de serviços farmacêuticos Clinicarx, que permitirá à drogaria fazer aplicação de vacinas e testes da Covid-19. O serviço está disponível em lojas de São Paulo e Minas Gerais e a tendência é expandir para outros estados ao longo dos meses.
6 – Qual a importância de integrar uma associação como a Abrafad?
A Abrafad nos possibilita acesso a melhores condições de negociação com a indústria farmacêutica. A entidade também agrega outras vantagens, como aplicativos e integração com as operadoras de Programas de Benefícios de Medicamentos (PBMs).
7 – A rede possui marca própria, há previsão de lançamentos?
Temos uma linha na área de nutracêuticos, o polivitamínico VitaMulti AZ e o VitaMulti Mulher. Mas já estamos preparando, a partir de 2021, mais quatro novas fórmulas para atender o associado.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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