O que a Dow e a Novartis aprenderam com a pandemia

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A pandemia do novo coronavírus forçou empresas de todo o planeta a mudar a forma de trabalho por completo em apenas algumas semanas. Para a Dow, tradicional empresa norte-americana de produtos químicos, e para a Novartis, grupo farmacêutico suíço, o cenário não foi diferente.

Para comentar os impactos da crise global nos negócios, executivos das duas empresas se apresentaram durante o EuFest, um festival online e gratuito realizado pelo Eureca, com parceria de mídia de Época NEGÓCIOS. Participaram do painel Mariana Mancini, executiva do setor de recursos humanos e aquisição de talentos da empresa, e Alan Campos, diretor de digital da divisão Farma da Novartis.

Para Mariana, a pandemia ensinou à empresa que líderes não podem ficar parados. “Se você não evoluir, vai ficar para trás”, diz. Como exemplo, cita uma mudança recente na gestão da Dow – empresa fundada há mais de 140 anos. Segundo a executiva, nos últimos dois anos um dos focos da empresa se voltou para fazer caixa. “O que, em uma hora dessas, é fundamental”, afirma.

Como atua diretamente com o setor de recursos humanos da Dow, Mariana também se viu aprendendo a filtrar as informações corretas para passar ao time da companhia. “É preciso tomar muito cuidado com as informações, porque tem muita fake news por aí.”

Para Alan Campos, a situação exigiu mudanças de planos por parte dos líderes. “Imagina o gestor que planejou 2020 de um jeito e aí se vê com uma pandemia global. Por isso, acredito que construir planos é importante, mas não acho que as pessoas devam se prender à estratégia.”

Na Novartis, o diretor conta que a empresa teve que mudar completamente a forma de trabalhar “Nos reorganizamos, traçando planos diariamente para lidar com esse novo cenário. O que a gente tira é aprendizado.” Como líder da área digital, Alan teve que acelerar entregas planejadas para o fim do ano. Uma delas foi uma plataforma interna de reuniões virtuais. “Estava prevista para novembro, mas tivemos que lançar em março.”

Do lado da Dow, Mariana conta que a empresa era resistente ao home office. Mas, em poucas semanas, viu 70% do time ir trabalhar de casa. “A gente era conservador, mas agora está claro que funciona. Acho que é uma questão de confiança. Quando tudo voltar ao ‘normal’, sabemos que essa é uma realidade que não poderá ser ignorada.”

Alan conta que uma das ações da sua empresa foi enviar computadores e pagar planos de internet para colaboradores em condições específicas, além de oferecer licenças remuneradas para funcionários se adaptarem à nova rotina – sem descontar esses dias das férias deles. “A habilidade mais importante desse momento é a empatia. Cada um reage de um jeito diferente nesse momento. A empresa tem que entender que do outro lado tem um ser humano com angústias e dúvidas; e aí montar um plano de ação em cima disso.”

Fonte: Época Negócios

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