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Ainda segundo a pesquisa do CFF, por meio do Instituto Datafolha, 44% têm o hábito de tomar remédio indicado para outra pessoa
by Tribuna Online
Uma pesquisa sobre a automedicação de remédios mostra que essa atutide é uma prática comum do brasileiro.
Este é o resultado da pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, que mostrou que 77% dos brasileiros se automedica.
E 57% fazem tratamento a partir de medicamentos prescritos por médicos, mas usam o remédio de maneira incorreta, alterando, dessa maneira, a dose receitada.
Ainda de acordo com a pesquisa, 44% têm o hábito de tomar remédio indicado para outra pessoa.
O psiquiatra Jairo Navarro alerta que os remédios são importantes.
No entanto, também há indicações específicas que serão avaliadas pelo médico.
“Muitas vezes, quando mal utilizado, o medicamento cria mais problemas. Há muitas pessoas procurando a solução de todos os problemas em medicamentos. Querem resolver um problema que é extremamente complexo, como ansiedade e depressão, com uma única solução”.
Todavia, para a psicóloga Rubia Passamai, o desafio maior é fazer com que as pessoas não tomem remédio por conta própria, busquem ajuda especializada e sigam exatamente a prescrição médica.
O presidente da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo (Apes), Valdir Campos, chama a atenção para os medicamentos naturais.
Ele ressalta também que eles não são isentos de provocar danos à saúde.
“Muitos deles podem ajudar algumas pessoas com sintomas leves de depressão ou ansiedade. Entretanto, há controvérsias se o resultado dos benefícios desses medicamentos se daria, na realidade, em função de um efeito placebo, ou seja, resultado da expectativa do paciente em melhorar”, diz.
“Portanto, o diagnóstico médico e a indicação de um tratamento eficaz são fundamentais”, completa.
Mais de 80% dos pais praticam automedicação em crianças.
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