A Pfizer informou nesta sexta-feira (16) que planeja pedir no final de novembro uma autorização nos Estados Unidos para a vacina contra Covid-19 que está desenvolvendo em parceira com a alemã BioNTech.
Meses atrás, a farmacêutica informou que solicitaria a liberação de emergência para sua vacina em outubro. Isto fez com que o presidente norte-americano Donald Trump prometesse a vacina para antes da eleição presidencial, o que não será mais possível.
A Pfizer disse que pode saber se a vacina é eficiente ainda neste mês com base em seu teste clínico com 40 mil pessoas, mas que também precisa de dados de segurança que não estarão disponíveis antes de novembro. A informação foi publicada em uma carta de seu executivo-chefe, Albert Bourla, no site da farmacêutica.
A pressa do presidente para conseguir uma vacina também criou o receio de que a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA), agindo às pressas, não realize uma análise adequada da vacina. No início deste mês, a FDA formalizou uma solicitação para que os fabricantes de vacinas coletem dois meses de dados de segurança de metade dos participantes dos testes.
Os comentários da Pfizer sobre seu cronograma criam a possibilidade de uma autorização norte-americana para uma vacina contra coronavírus neste ano, uma medida essencial para controlar a pandemia de Covid-19, que já matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo e arrasou a economia global.
A Moderna que desenvolve outra candidata à vacina contra a Covid-19 também pode solicitar uma Autorização de Uso de Emergência ainda neste ano, tendo dito que pode ter dados provisórios de seu teste com 30 mil pessoas já em novembro.
As duas empresas ainda estão solicitando aprovação na Europa, onde competem com a AstraZeneca. O teste da AstraZeneca nos EUA está suspenso desde setembro, mas já foi retomado em outros países, inclusive o Brasil.
Fonte: O Globo
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