PR assina memorando com a Rússia para a vacina Sputnik V

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Valor Econômico 
Jornalista: Ana Paula Machado

13/08/20 - O governo do Paraná assinou memorando de intenções com a Rússia para dar início ao processo de transferência de informações sobre a vacina russa contra covid-19, a Sputnik V. O presidente do Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, disse que um grupo de trabalho será criado, com representantes do governo paranaense, o investidor russo e do Ministério da Saúde.

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De posse dessas informações, o Tecpar entrará com pedido de registro de estudos clínicos para a fase 3 da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e órgãos regulatórios brasileiros. “As informações as quais já tivemos acesso é de que a vacina já passou por estudos na fase 1 e 2 na Rússia. Esse memorando não gera um compromisso de nossa parte, é uma aproximação. Não tivemos informações sobre a segurança, isso será uma incumbência desse grupo de trabalho”, disse.

Segundo Callado, o Tecpar deverá submeter o pedido de registro à Anvisa dentro de 30 a 40 dias, assim que receber o protocolo com todas as informações necessárias para a aprovação. A ideia é que os testes sejam realizados no Paraná, após aprovação da Anvisa. “Temos que ter prudência diante à gravidade da questão. Não vamos queimar etapas, todas devem ser obedecidas. A variável tempo deve ser respeitada”, disse Callado.

Quanto a produção, o presidente do Tecpar disse que não ficou acordado com o instituto. Essa será uma outra etapa a ser discutida. “Produção é um segundo passo. De uma forma muito prudente, acreditamos que isso possa acontecer no segundo semestre de 2021. Pode ser que o governo brasileiro faça importação direta da vacina, caso seja aprovada e registrada pela Anvisa.” Segundo ele, nas conversas preliminares já está prevista a transferência de tecnologia.

“Isso é parte fundamental para a produção no país. Neste momento não vamos realizar investimentos nesse projeto. Mas, caso seja viável a produção, teremos que ter uma nova unidade de produção”, afirmou. Callado ressaltou que para uma fábrica desse tipo são necessários em torno de R$ 80 milhões que devem ser investidos pelo parceiro russo.

O Fundo Soberano da Federação da Rússia, que coordena o desenvolvimento da vacina russa contra o covid-19, anunciou, no entanto, a parceria com o Estado do Paraná como voltada a produção e distribuição da vacina.
O plano, segundo os russos, é de o Fundo Soberano juntamente com companhias farmacêuticas do Paraná organizarem a produção da Sputnik V, para distribuição no Brasil e em outros países da América Latina.
O CEO do Fundo Soberano, Kirill Dmitriev, disse no comunicado que o Fundo e o Instituto de Pesquisa Gamaleya estão prontos para fornecer ao Tecpar os resultados de testes clínicos da vacina e protocolos tecnológicos de sua produção no Brasil.


A Rússia tornou-se o primeiro país no mundo a aprovar uma vacina contra o covid-19, em meio a forte ceticismo de cientistas sobre o avanço russo, na ausência da publicação de detalhes técnicos de sua vacina e tampouco da conclusão de testes clínicos.
Moscou quer produzir sua vacina também no exterior, visando pelo momento parcerias em cinco países: Brasil, Índia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Cuba. “Estamos vendo forte interesse de parceiros brasileiros em aprender da experiência russa na luta contra o coronavírus, incluindo informação relacionadas à primeira vacina registrada no mundo'”, disse Dmitriev.
Uma fonte da Organização Mundial de Saude (OMS) disse ontem que a entidade está esperando para ver os resultados dos ensaios clínicos da vacina russa.

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