Prati-Donaduzzi substitui importado

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Valor Econômico 
Jornalista: Ana Paula Machado

02/09/20 - A farmacêutica brasileira Prati-Donaduzzi está lançando mais um medicamento com uso de pellets, uma tecnologia ainda incipiente no Brasil e geralmente importada. Segundo o presidente da companhia, Eder Fernando Maffissoni, essa tecnologia é amplamente produzida na Índia e as empresas importam os pellets e envasam no país.

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“O nosso foco é diminuir a dependência do mercado externo, ainda mais em tempos de pandemia. O uso do pellet nos dá a possibilidade tecnológica de estabilizar princípios ativos em um único produto, o que não é possível em comprimidos. Essa tecnologia permite isolar substâncias que não podem ser combinadas em um único produto”, disse.

Os pellets são microesferas com tamanho milimétrico que contêm o princípio ativo do medicamento, apresentando vantagens biofarmacêuticas apropriadas e sistemas de liberação diferenciados do fármaco, proporcionados pela aplicação de diferentes camadas de revestimento.

Maffissoni ressaltou que a companhia, desde 2010, começou a desenvolver a tecnologia e já investiu R$ 20 milhões. O primeiro medicamento lançado em pellets foi em 2017 com o genérico da galantamina, um produto indicado no tratamento do Alzimer. “Esse remédio é enviado para o Ministério da Saúde e temos 80% de participação nesse contrato. Por isso, lançamos agora um medicamento de marca com a mesma molécula para chegar ao varejo farmacêutico.”

Segundo o executivo, a empresa utiliza a tecnologia para fabricação de um dos principais medicamentos da linha de Sistema Nervoso Central (SNC). Para esse novo produto a tecnologia permitiu que se tenha dois tipos de liberação do princípio ativo na mesma cápsula, uma liberação rápida (de até 1 hora) e outra lenta (ficando no organismo por 24 horas), melhorando o tratamento e proporcionando comodidade posológica, uma vez que o paciente irá ingerir a cápsula apenas uma vez por dia.

A Prati-Donaduzzi tem uma capacidade de produção de 150 milhões de doses por ano de medicamentos em pallets e, além desses dois produtos, a companhia já colocou no mercado brasileiro o lanzoprazol e entrou com pedido de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o omeprazol. “Devemos obter o registro para o omeprazol no próximo ano e a expectativa é que comecemos a comercializá-lo no segundo trimestre do ano que vem”, afirmou o executivo.

Com a produção em escala do omeprazol, Maffissoni ressaltou que a companhia terá que investir no aumento da capacidade da unidade de pellets. “Como é um medicamento com alto volume teremos que ampliar a nossa produção. Além disso, temos outro medicamento também indicado para o tratamento de doenças do sistema nervoso central com pedido de registro na Anvisa.”

A Prati-Donaduzzi teve faturamento de R$ 1,1 bilhão no ano passado e a meta é dobrar de tamanho até 2023. Para isso, a companhia investe R$ 650 milhões em uma nova unidade produtiva de medicamentos no Paraná. “No ano passado, vendemos 10,5 bilhões de comprimidos. Somos a maior farmacêutica em produção de genéricos do país com esse volume. A nova fábrica vai adicionar mais 4 bilhões de comprimidos em 2022, quando iniciarmos essa operação. Hoje, operamos em três turnos.”

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