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Frascos da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, intermediado no Brasil pela Precisa Medicamentos

“Estudos internacionais já apontaram eficácia geral da Covaxin de 78% em sintomáticos e 100% em casos graves”, afirma

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A Precisa Medicamentos, empresa que representa a farmacêutica indiana Bharat Biotech, anunciou que apresentará nesta 2ª feira (28.jun.2021) o pedido de uso emergencial da vacina contra covid-19 Covaxin à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Estudos internacionais já apontaram eficácia geral da Covaxin de 78% em sintomáticos e 100% em casos graves, o que colaboraria de forma significativa na redução das mortes no Brasil”, informou a empresa em nota.

O pedido se dá em meio a suspeitas de irregularidades na contratação do imunizante. Na última 4ª feira (23.jun), o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre problemas no contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina indiana.

Documentos indicam que o Ministério da Saúde pagará mais caro que o governo federal indiano. O Ministério Público também determinou investigação do contrato, por indício de improbidade administrativa. A fabricante afirma que o preço estipulado para o Brasil está dentro da faixa estipulada pela fabricante para venda a outros países.

O MPF (Ministério Público Federal) pediu investigação na esfera criminal contra o Ministério da Saúde por identificar indícios de crime de improbidade administrativa no contrato.

Miranda disse que procurou o presidente em janeiro para informar que “algumas coisas ocorriam no Ministério da Saúde”. O contrato foi assinado no mês seguinte. O congressista teria procurado Bolsonaro novamente em 20 de março deste ano “com toda a documentação em mãos”. Estava acompanhado de seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, que é servidor da pasta. Afirmou que o irmão sofreu pressão para acelerar a compra. O presidente admitiu o encontro.

Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da covid, o deputado disse que, ao ser informado, Bolsonaro suspeitou do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e não tomou providências. O pepista nega envolvimento no caso.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que encaminhará notícia-crime à PGR (Procuradoria Geral da República) contra o presidente Jair Bolsonaro pelo crime de prevaricação nesta 2ª feira (28.jun). O governo nega irregularidades. Miranda, por sua vez, diz que tem como provar que as declarações procedem.

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