Procura por exames de covid aumenta em laboratórios

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Exames RT-PCR são os mais procurados em laboratórios, pois tem maior positividade para doença (Agência Brasil)

Aglomeração, eleição municipal, festas de fim de ano e outros eventos foram motivos do aumento dos exames particulares

Os casos de covid-19 voltaram a subir e o número de pessoas que procuram os laboratórios ou farmácias para fazer exames particulares também aumentou.

O médico responsável pelo laboratório de análise clínicas Medcin, Francisco José Dezotti, registrou aumento de cerca de 15% na procura por exames para detectar a covid-19, entre novembro e dezembro. “Eleição, aglomerações e as festas agora de fim de ano estão entre os motivos. Quem participou de algum evento e depois soube que teve contato com uma pessoa infectada, procura para fazer o teste. Já atendi casos como esse nestes dias”, diz.

Segundo o médico, a maioria já faz o PCR, que é o exame do cotonete, que tem maior índice de positividade. Para ele, os casos devem aumentar depois da primeira quinzena de janeiro. “Pessoas que viajaram ou participaram de festas podem se infectar e transmitir. Em janeiro poderemos ter um aumento significativo”, alerta.

Além dos laboratórios particulares, redes de farmácias credenciadas também podem realizar testes, no caso é o teste rápido. A Drogasil e a Droga Raia iniciaram a realização de testes rápidos de sorologia para detecção da covid-19 no final de maio e, até o momento, mais de 700 mil exames já foram aplicados em todo o território nacional.

De acordo com a rede, o exame identifica se o paciente é reagente para IgG (memória imunológica) e IgM (infecção ativa/atual). Fabricado pela Eco Diagnóstica, o procedimento custa R$ 119,90 e o resultado fica pronto em cerca de 20 minutos. O teste é aplicado por um farmacêutico, em uma sala privativa e com a adoção de todos os protocolos de segurança. Antes do exame, o paciente passa por uma rápida entrevista, para que o profissional de saúde entenda melhor suas condições de saúde e sintomas. A rede não conseguiu levantar dados locais.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), divulgados pelo G1 São Paulo, a procura por testes de covid-19, RT-PCR na rede particular aumentou 35% no último mês. Os especialistas disseram que a alta procura pode ser pelo avanço dos casos e das festas de fim de ano. Porém, eles afirmam que os testes não garantem imunidade e resultados negativos podem passar falsa sensação de segurança. A Abramed representa laboratórios que processam cerca de 60% dos exames diagnósticos feitos na rede particular no Brasil.

QUANDO FAZER EXAME


O pneumologista da Unimed Limeira, Danilo Gullo Ferreira, comenta que hoje a taxa de transmissão da doença está bastante alta. “Qualquer quadro gripal deve ser encarado como uma possível infecção pela covid. Nos casos em que a pessoa apresenta sintomas de gripe, como mal estar, dor no corpo, febre, tosse, coriza, associados ou não a perda de paladar ou olfato e diarreia, deve procurar o serviço médico. O ideal nesses casos é o Pronto Atendimento, seja do SUS ou do próprio convênio, para que seja avaliado pelo médico e solicitado o exame, que pode ser solicitado de um consultório também”, diz.

O médico explica que existe o RT-PCR, conhecido como exame do cotonete, no qual é retirado material da nasofaringe e orofaringe, com um cotonete comprido que vai até o fundo da narina e garganta. O profissional colhe o material e envia para o laboratório, que pesquisa antígenos do próprio vírus. “Um exame RT-PCR positivo significa que a pessoa está eliminando vírus, ou seja, está na fase de transmissão da doença”.

Há também os testes sorológicos que são os de sangue. O teste rápido, que é feito com uma gotinha de sangue, mas não tem tanta confiabilidade, pois tem um número maior de falso negativo. A sorologia é o exame que vai mostrar se tem anticorpo contra a doença, ou seja, se já teve contato com o vírus e desenvolveu anticorpos.

“No exame PCR, a positividade é maior entre o 4º e 7º dia após início de sintomas, que é quando a pessoa tem uma carga de vírus sendo transmitida. Já a sorologia começa a ter positividade a partir do 10º dia de sintomas, sendo maior após o 14º dia”, explica.

Segundo o médico, para se detectar doença mais ativa, o mais indicado é o PCR. “Esse teste detecta a fase aguda da doença. Os sorológicos têm valor epidemiológico, ou seja, estatístico. Normalmente, quando a pessoa tem a sorologia positiva já teve a doença e não está mais transmitindo”, diz.

Ele observa que o exame pode ser feito pelo SUS ou até pelo convênio, pois tem cobertura. Porém, deve-se seguir algumas diretrizes. “Pelo convênio, a pessoa deve estar sintomática, no período de positividade, para justificar o exame”, salienta. Outra alternativa é procurar uma rede particular se quiser saber se tem anticorpos da doença. “Nesse caso, é necessário um pedido médico e procurar os laboratórios análises clínicas, que realizam os exames”, diz.

Limeira registra mais três óbitos

Atualização de ontem da Secretaria de Saúde confirmou mais três mortes decorrentes da covid-19, dois homens, de 66 e 90 anos, e uma mulher de 84. Ainda foram registrados mais 153 casos novos. Agora no total são 13.959 pessoas infectadas no município e 310 mortes pela doença.

Casos descartados somaram 32.776 registros e suspeitos em investigação 2.724. Ao todo, desde o início da pandemia, Limeira contabiliza 49.459 notificações relacionadas à covid-19.

A ocupação geral (URC + hospitais) estava em 62,6%, com 291 pessoas internadas. Dessas, 86 estão em UTI (ocupação de 58,5%) e 205 estão em leitos clínicos (ocupação de 64,5%). Entre os internados, 28 têm confirmação para a doença – 25 de Limeira e três de outras cidades.

Fonte: Gazeta de Limeira

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