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Quarentena de Covid-19 poderia ser reduzida de 14 para 7 dias, diz estudo (Foto: Pexels)

Modelo matemático indica que cenário seria possível contanto que houvesse testagem ampla, rastreamento de contatos e cumprimento do isolamento dos infectados

REDAÇÃO GALILEU

Um novo estudo da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, sugere que o tempo de quarentena após o contato com alguém com Covid-19 pode ser reduzido de 14 para 7 dias se a pessoa for testada para o novo coronavírus no sétimo dia de isolamento. A pesquisa foi compartilhada nesta quarta-feira (20) no The Lancet Public Health.

Os cientistas usaram uma modelagem matemática para estimar o efeito de diferentes tipos de quarentenas e estratégias de testagem na redução da transmissão do Sars-CoV-2. Usando dados do sistema de saúde britânico, a equipe simulou os níveis de vírus que uma pessoa infectada provavelmente produziria em cada estágio da doença, considerando o tempo de início dos sintomas, a sensibilidade dos testes e o tempo que demora para realizar o rastreamento de contatos e para sair o resultado de cada teste.

No modelo, os cientistas assumiram que dois terços das pessoas irão cumprir os 14 dias de isolamento após testarem positivo ou desenvolverem sintomas da Covid-19 e que metade das pessoas que entram em contato com alguém com a doença ficarão duas semanas isoladas. A equipe também considerou que há um atraso de três dias entre a testagem e o rastreamento de contatos de alguém infectado pelo novo coronavírus.

Com base nessas suposições, estima-se que completar 14 dias de quarentena evite 59% das chances de transmitir o Sars-CoV-2. Mas, de acordo com a modelagem, uma proporção semelhante de transmissões poderia ser evitada com apenas uma semana de isolamento se a pessoa isolada realizar um teste RT-PCR ou um teste de fluxo lateral (LFA, na sigla em inglês) no sétimo dia de isolamento — as estimativas são de 54% e 50%, respectivamente.

Nossas descobertas sugerem que a incorporação de testes de contatos em um sistema de isolamento e de rastreamento pode ajudar a reduzir o período de quarentena, o que, por sua vez, pode melhorar a aderência [ao isolamento], tornando mais fácil completar o período de isolamento completo", afirmou Sam Clifford, coautor do estudo, me declaração à imprensa.

A pesquisa também sugere que realizar testes LFA diariamente por 5 dias após a exposição ao novo coronavírus poderia evitar um nível semelhante (50%) de risco de transmissão sem necessidade de cumprir quarentena. Isso, é claro, se os indivíduos que testarem positivo se isolarem.

Os estudiosos ressaltaram, entretanto, que os modelos testados só funcionaram quando as pessoas realizaram isolamento estrito no início dos sintomas de Covid-19. "Recomendamos que as pessoas continuem a seguir as orientações oficiais sobre quarentena e autoisolamento, o que nos dará a melhor chance de controlar o vírus enquanto a vacinação continua", disse Clifford.

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