Recuperação mais lenta para viagem corporativa

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Abracorp diz que novembro foi o melhor mês de 2020, mas em dezembro e janeiro cenário se deteriorou

A retomada das viagens corporativas no Brasil tão aguardada por grupos de turismo e companhias aéreas deve ser mais lenta do que o esperado. Apesar das apostas de sinais positivos já no início deste ano, o surgimento de novas cepas do coronavírus e as novas restrições de mobilidade deram um banho de água fria no setor.

As viagens corporativas, que sempre pautaram as estratégias de negócios do canal farma, definitivamente ficaram na lista de espera.

Segundo enquete do site Panorama Farmacêutico, 3/4 dos leitores não se deslocaram para nenhuma localidade a negócios nos últimos 12 meses.

Dos 1.927 participantes, 1.447 (75%) informaram não ter realizado nenhuma viagem do gênero. Apenas 11% (215) fizeram pelo menos uma, enquanto 9% (215) indicaram uma frequência maior. Outros 5% (89) embarcaram somente para destinos nacionais.

Os números da atividade refletem o cenário de estagnação. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) apontou que a receita das principais travel management companies do país com passagens aéreas caiu 68% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020.

O volume de R$ 2,06 bihões despencou para R$ 657 mil. A queda chegou a 90% quando analisados somente os voos internacionais – o faturamento, antes na casa de meio milhão, não passou de R$ 48 mil. Curiosamente, a menor retração foi de 2% e ocorreu no segmento de locação de veículos nacional, o que sinaliza uma preocupação maior das empresas com a segurança sanitária de seus colaboradores.

Rubens Schwartzmann, presidente do conselho de administração da Abracorp, considera prematuro concluir que o comportamento dessas viagens mudará radicalmente no pós-pandemia. Mas o dirigente prevê alguns novos hábitos. “É possível que as viagens de avião, especialmente aquelas de 1h a 1h30, migrem para o modal de transporte terrestre. Mas os encontros pessoais deverão ser retomados, em menor escala, até porque estudos já mostram que não se pode esperar o mesmo engajamento de colaboradores e clientes nas cansativas reuniões online”, analisa. Porém, para os trechos mais longos, as viagens deverão continuar.

Fato é que a saúde dos profissionais ganhou relevância na tomada de decisões e se tornou a prioridade de mais de 50% das empresas que mantêm políticas de viagens de negócios, de acordo com outro levantamento da associação. Apenas 29% consideram o preço como fator determinante, algo incomum antes de março de 2020.

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